Marcelo Álvaro Antônio, agora ex-ministro do Turismo
Jorge William / Agência O Globo
Marcelo Álvaro Antônio, agora ex-ministro do Turismo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu, nesta quarta-feira (9), o ministro do Turismo,  Marcelo Álvaro Antônio, após o mesmo usar um grupo de WhatsApp com todos os ministros do governo para  atacar o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto.  Álvaro Antônio é o 12° ministro demitido pelo presidente.

Ele foi informado da decisão em reunião pouco depois das 14h, no Palácio do Planalto, que não consta na agenda do presidente.

Segundo matéria publicada pelo jornal 'O Globo', Álvaro Antônio acusou Ramos de conspirar para tirá-lo do cargo. Segundo o ministro do Turismo, seu cargo estaria sendo negociado com o Centrão sem o seu consentimento.

Bolsonaro teria se irritado ao ver a exposição de mais uma briga entre integrantes de seu governo.  O ministro do Turismo então voltou ao grupo para se retratar com Ramos e colocar panos quentes na discussão, admitindo que se excedeu.

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Marcelo Álvaro Antônio era ministro do Turismo de Bolsonaro desde o início do mandato do presidente, em 1° de janeiro de 2019. Antes de tornar-se ministro, foi o deputado federal mais votado do estado de  Minas Gerais  nas eleições de 2018, quando foi reeleito, com 230.008 votos no estado.

Ele ingressou na política em 2012, como vereador na cidade de Belo Horizonte, pelo  Partido Republicano Progressista (PRP). Atualmente, é filiado ao  Partido Social Liberal (PSL).

Polêmicas antigas 

Baseado-se em informações repassadas pela Polícia Federal, o Ministério Público denunciou, no ano passado, o ministro do Turismo e outras 10 pessoas por envolvimento no esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais.

As diligências conduzidas pela PF concluíram que Marcelo era chefe do esquema de desvio de fundos públicos. Segundo as investigações, mulheres se lançaram candidatas, nas eleições de 2018, para preencher as cotas exigidas pela legislação partidária.

No entanto, as verbas eram desviadas para beneficiar envolvidos no esquema criminoso. Apesar da denúncia, o presidente Jair Bolsonaro decidiu manter o ministro no cargo.

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