Reféns foram utilizados como 'barreira humana' para evitar chegada da polícia
Reprodução/TV Globo
Reféns foram utilizados como 'barreira humana' para evitar chegada da polícia

Na madrugada desta terça-feira (1), seis funcionários da prefeitura de Criciúma (SC) foram usados como escudo humano por uma quadrilha que assaltou uma agência do Banco do Brasil na cidade . “Foi um dia de terror para nós. A gente está traumatizado”, disse Sérgio Eduardo Firma, uma das vítimas. As informações foram dadas pelo G1 .

Sérgio Eduardo é funcionário do município desde 2019. Ele e outros cinco colegas estavam pintando a sinalização nas ruas de Criciúma quando foram abordados por um grupo encapuzado.

Os servidores públicos foram rendidos e obrigados a sentar na faixa de pedestres. O carro da prefeitura que os funcionários estavam utilizando foi posicionado no meio da rua para dificultar o acesso da polícia ao local.

“Veio uma X6 e parou. E desceu os caras, cinco caras já armados e fizeram nós de reféns . Mandaram tirar camisa, ficar sentado, sem reagir, sem nada. Que não ia acontecer nada com a gente. A gente ficou ali quieto, aí eles começaram a conversar com nós, atirando, atirando direto e conversando com a gente", contou Sérgio.

Foram cerca de duas horas como escudo humano em meio aos disparos de arma. De acordo com Sérgio, um dos assaltantes disse que os criminosos deixariam dinheiro jogado no chão e que os reféns deveriam pegar as notas.

"Ele falou 'vou jogar 500 mil aí na rua aí. Vou jogar para o pessoal e vocês aproveitam para pegar também, porque isso aí é do governo e dá nada, nós queremos só levar o dinheiro. O governo rouba muito, então nós vamos levar o dinheiro todo do banco ''', relatou Sérgio.

Os funcionários também foram questionados sobre como era viver em Criciúma. “Perguntou se tinha muito barzinho e a gente disse que tinha. ‘Então a gente vai voltar. Um dia a gente volta aqui para gastar o dinheiro aqui, tomar umas cervejas aqui com as mulher’”, explicou Sérgio.

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