A empresa dona do ônibus que se envolveu em acidente que deixou mais de 40 mortos na cidade de Taguaí, que fica a 350 km da capital paulista, próxima à fronteira com o Paraná , nesta quarta-feira (24) era clandestina . A Star Viagem e Turismo perdeu a autorização para operar no ano passado, no dia 11 de outubro, e desde então vem acumulando multas. As informações foram confirmadas pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) ao jornal O Globo .
Em 3 de março de 2020, por exemplo, a Star foi multada por transportar irregularmente 30 estudantes da cidade de Fartura até uma faculdade em Avaré. Apesar de multada e ter o veículo retido para a retirada dos passageiros, a empresa voltou a transportar 43 estudantes irregularmente naquele mesmo dia e destino.
Em nota, a Artesp destacou "a importância dos contratantes e passageiros sempre conferirem se as empresas que oferecem o serviço de fretamento estão cadastradas e reguladas, através do site da agência".
O órgão estadual é o responsável por realizar auditoria de frota, garagem e instalações, ações fiscais na operação das linhas regulares nos terminais rodoviários e nas rodovias.
Além dos 41 mortos até o momento, há 10 feridos. A batida aconteceu no km 172 da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho. Segundo a assessoria da Polícia Militar, os números ainda podem mudar, já que o local é de difícil acesso, o que dificulta a obtenção de informações.
Ainda de acordo com a polícia, 37 pessoas morreram no local e quatro no hospital ou a caminho dele. Após o acidente, o caminhão, que levava esterco, invadiu uma propriedade rural. O motorista do caminhão foi resgatado com vida e encaminhado para o pronto-socorro.