O diretor-geral do Hospital Federal de Bonsucesso , o médico Édson Santana, garantiu que a unidade de saúde não vai fechar, e sim que vai precisar interditar algumas partes. Isto após uma confusão na manhã desta sexta-feira (30) na unidade — entre servidores, seguranças e policiais militares. Santana afirmou que na próxima semana algumas especialidades vão voltar ao trabalho.
Na próxima semana serão reabertos os prédios 3, 4, 5 e 6. A médio prazo, ainda sem data, o prédio 2 volta a funcionar. O prédio 1, atingido pelo incêndio — e que passa por perícia nesta sexta-feira —, terá os servidores realocados até o fim da reforma. Neste período, o HFB vai suspender a hemodiálise e o centro cirúrgico.
Por mais de duas horas, o diretor-geral e representantes do Ministério da Saúde se reuniram para tratarem das medidas a serem tomadas para a recuperação do hospital
, atingido pelo fogo na última terça-feira
.
"Não existe isso. [O hospital] está parado porque precisamos avaliar a parte elétrica e alguns locais. Mas alguns serviços, na semana que vem, já estarão funcionando. Voltaremos o mais breve possível. Estamos trabalhando 24 horas por dia para resolver esse problema", afirmou o diretor da unidade.
Édson disse que “está sendo avaliada [a transferência de servidores para outras unidades]”.
"É uma possibilidade", disse.
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Segundo o gestor, quatro prédios
estão livres, e só dois estão interditados pela Defesa Civil. Esses edifícios estão passando por análise nesta sexta-feira e ficarão interditados por tempo indeterminado.
Santana criticou a manifestação dos servidores, realizada desde a manhã na porta do hospital. Os profissionais seguravam cartazes e usavam uma caixa de som.
"Não podemos ficar aqui, 48 horas depois, querendo resolver o mundo porque não vai. Na terça-feira eu posso fazer com vocês uma comissão para a gente acompanhar", declarou.
O diretor da unidade de saúde afirmou que todos os exames de pacientes com câncer estão sendo agendados em outros hospitais.
"Todos os exames de oncologia estão sendo remarcados. Estou com a lista de todos que precisam de atendimento. Mas não dá pra resolver tudo em 48 horas. Precisamos de tempo. Todos estão com os telefones anotados, e terça-feira estará tudo resolvido. Estamos tentando resolver a situação com emergência, mas do jeito que está não dá".
Temores sobre o fim das atividades
Luciene Gomes da Silva, auxiliar de enfermagem e uma das representantes da manifestação de funcionários na manhã desta sexta-feira, diz que trabalha há 14 anos no HFB e teme pelo fechamento do local. A profissional pediu clareza nas informações entre a direção do espaço e o Ministério da Saúde.
"Eles estão aguardando a perícia para reabrirem os prédios 4, 5 e 6. Circularam pela internet que eles querem fechar o hospital, inclusive outras unidades teriam pedido informações de funcionários. Se não há laudo técnico por que desmantelar o HFB? O pedido é que sendo liberado um laudo, para a permissão, que seja liberado. Como um complexo hospitalar com seis unidades fica fechado por tempo indeterminado ? Cobramos transparência com os funcionários e a comunidade", afirmou Luciene.