Em nota, defesa do senador se disse
Senado Federal
Em nota, defesa do senador se disse "perplexa" com linchamento "sem provas"

A defesa do senador afastado Chico Rodrigues (DEM-RR) , flagrado pela Polícia Federal (PF) com dinheiro na cueca, reclamou que ele está passando por um linchamento sem provas, tendo apenas guardado recursos próprios. Os advogados reconhecem que esconder o dinheiro dentro da roupa foi "uma reação impensada", mas responsabilizam o "terrorismo policial" por isso. De acordo com a defesa, os recursos têm origem particular comprovada e seria usado para pagar funcionários da empresa da família.

"A defesa do senador Chico Rodrigues manifesta sua perplexidade com o linchamento sofrido por ele, sem que haja qualquer prova contra sua conduta", diz trecho da nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.

Ele também reclamam da ação policial: "Em 30 anos de vida pública, o senador nunca sofreu uma condenação e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio dinheiro. Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua conduta."

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A investigação da PF teve início após uma denúncia feita por um ex-funcionário da Secretaria de Saúde de Roraima. Ele citou a existência de um esquema para desvio dos recursos destinados ao enfrentamento da pandemia de covid-19 e que envolvia membros do Congresso Nacional.

Na nota, a defesa negou que ele tenha se apropriado do dinheiro para o combate à doença. "E mais: os recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu estado seguem nas contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses recursos", diz a nota, que conclui: "Ter dinheiro lícito em casa não é crime. O único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial arbitrária que ele sofreu."

A ação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que também o afastou do exercício do mandato. O plenário do STF vai analisar se referenda ou não a decisão de Barroso na quarta-feira. Após a operação, o senador também deixou o posto de vice-líder do governo no Senado.

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