Em entrevista ao iG nesta sexta-feira (16), Márcio França , que é candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSB nas eleições 2020, disse que quer ocupar os prédios abandonados no centro da cidade. Além disso, o candidato também falou sobre a cracolândia, empréstimos a juro zero e criticou Bruno Covas e João Doria, ambos do PSDB.
Ocupação do centro
Ao comentar sobre suas propostas para o plano diretor de São Paulo, o candidato disse que "a lógica" do planejamento feito anteriormente "não deu certo", alertando para a existência de ocupações em toda a cidade. "Nesse instante, temos mais de 5 mil famílias ocupando áreas nos mananciais, quase que incentivadas pela prefeitura", disse o candidato.
Em seguida, França diz que existem muitos prédios abandonados no centro da capital, destacando que a prefeitura pode atuar para repassar possíveis apartamentos para a população. "Estamos com 700 prédios fechados no centro, entre prédios públicos e privados, que poderiam ter apartamentos pequenos de 50 m². A prefeitura pode ser uma grande incentiva e, inclusive, comprar essas unidades para repassar para as pessoas", diz o candidato, que completa:
"Nós queremos que o centro volte a pulsar vida, que as pessoas voltem a residir no centro de São Paulo".
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Cracolândia
Questionado sobre suas propostas para lidar com a cracolândia, França diz que a região só existe porque houve um “afrouxamento, uma falta de pulso” por parte da prefeitura. Como solução para o problema, o candidato defendeu o tratamento “voluntário ou obrigatório” dos dependentes químicos. “Tem gente que não tem mais nem condição de raciocínio. São pessoas doentes que têm como se recuperar. A gente já fez isso, não novidade pra mim”.
Covas e Doria
Ao longo da entrevista, o candidato também criticou o prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB) e o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB). Ao comentar sobre a proposta de Covas para o transporte aquático na Zona Sul da cidade, por exemplo, França disse que a ideia é válida, mas que é difícil confiar no prefeito.
“Comprar 4, 5, 10, 15 barcos e colocar as pessoas para serem transportadas é uma boa ideia. Mas porque não foi feita até hoje?”, disse o candidato, criticando as ações do governo. “Nem a coisa mais básica eles fizeram. Claro que pode ter até a intenção, mas o jeito do governo é confuso”, conclui França.