Vice-governador do Amazonas, Carlos Alberto de Almeida Filho.
Pedro França/Agência Senado
Vice-governador do Amazonas, Carlos Alberto de Almeida Filho.

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (8), a operação que tem entre os alvos o vice-governador do Amazonas, Carlos Alberto (PTB). Essa é a segunda fase da operação batizada de Sangria, que apura desvio de recursos destinados ao combate da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Segundo o Ministério Público Federal, a investigação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que emitiu ordens de busca e apreensão contra seis investigados.

Em nota, a Procuradoria Geral da República aponta ainda que, além de Carlos Alberto, um homem da confiança do governador Wilson Lima (PSC) também é investigado.

O MPF afirma existir "uma organização criminosa instalada no governo do Amazonas" que atuaria desviando os recursos da saúde .

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"Os investigados são suspeitos de práticas como peculato, lavagem de dinheiro e também de promover a dispensa de licitação fora das hipóteses previstas em lei", diz a nota da procuradoria-geral.

No despacho que autorizou as buscas, o STJ, segundo o Ministério Público, também aceitou pedido para bloqueio de contas e bens.

"Provas reunidas na primeira fase da Sangria mostram que o governador Wilson Lima exercia domínio completo não apenas dos atos relativos à aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também das demais ações governamentais relacionadas à questão, no bojo das quais atos ilícitos teriam sido praticados", diz a nota do MPF.

"Já o vice-governador , de acordo com os registros, já reunidos pelos investigadores, tinha grande influência na gestão da Secretaria de Saúde – pasta na qual atuou durante os três primeiros meses de governo. As provas apontam que a cúpula da Secretaria de Saúde se reportava frequentemente ao vice-governador para tratar de contratos da área de saúde, inclusive sobre pagamentos", complementa o MPF.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, responsável pelo caso, sustenta que há indícios de direcionamento na contratação de empresa e superfaturamento na aquisição dos respiradores . O caso envolveria a compra de 28 respiradores no valor de R$ 2,9 milhões.

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