Cofre foi arrombado dentro de basílica
Basílica Nossa Senhora de Lourdes / Divulgação
Cofre foi arrombado dentro de basílica

Em dois anos, pelo menos dez templos religiosos no Rio de Janeiro foram invadidos por ladrões que praticaram furtos de objetos e dinheiro. Somente em 2019, a Diocese de Campos, que cobre as regiões Norte e Noroeste, registrou oito invasões de igrejas. Na madrugada de domingo (20), foi a vez de a Basílica Nossa Senhora de Lourdes, no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, na Zona Norte da capital , ser invadida por ladrões, que quebraram o vitral de Santa Terezinha e entraram na igreja. Eles arrombaram os cofres com donativos e levaram o dinheiro encontrado. Ainda não se sabe a quantia furtada.

Em seu perfil no Facebook, o pároco Walter Mário postou a notícia da invasão neste domingo: "Bom dia! Hoje acordamos com uma triste notícia: nossa querida basílica foi invadida. O bandido quebrou o vitral do altar de Santa Terezinha, por onde entrou. Depois arrombou os cofres de donativos para realização de missas pelas almas, roubando as ofertas que aí estavam. Rezemos pela conversão do bandido e para quê Vila Isabel um dia seja um bairro mais seguro", escreveu o religioso.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que foi acionada, confirmou o furto e disse não saber se o crime foi registrado em alguma delegacia.

"A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, no domingo (20/09), policiais militares do 6ºBPM (Tijuca) foram acionados para uma ocorrência envolvendo a Basílica Nossa Senhora de Lourdes, localizada no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, onde um cofre e quantia em espécie teriam sido furtados. Foi feito contato com o segurança da igreja e o fato foi confirmado, sendo informado ainda que a ação deve ter ocorrido na madrugada de sábado para domingo e que, até aquele momento, não havia sido realizado registro na delegacia", diz a nota.

A basílica foi inaugurada em 1949 e tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1990. Ela chama a atenção por sua beleza arquitetônica e estimula projetos sociais de assistência aos mais necessitados.

Outros casos
Em fevereiro deste ano, bandidos furtaram uma âmbula (um tipo de cálice) com 50 hóstias da Igreja de São Benedito, no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A diocese local informou que o furto aconteceu entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, dia 2. A igreja faz parte da comunidade da Paróquia de Santo Antônio da Jacutinga, padroeiro do município.

"Profanar o Santíssimo Sacramento é um ato de violência que atinge e prejudica toda a comunidade dos fiéis cristãos e não apenas a comunidade local que foi vítima do vandalismo. Lamentamos profundamente que tais atitudes se repitam em nossos dias e queremos nos penitenciar pelo desamor com que se tratou o sacramento do amor", diz um trecho da nota da Diocese, divulgada à época.

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Já a Diocese de Campos registrou oito casos de furtos em seu território em 2019. Naquele ano, a Capela de Nossa Aparecida da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na localidade de Surubi, na Zona Rural de Italva, teve o sino furtado.

De acordo com a Diocese, o sino estava instalado na parte externa do prédio, que não sofreu arrombamento. No local não existe câmera de segurança, o que dificulta a identificação dos criminosos.

"Lamento que uma igreja simples e localizada na zona rural tenha sido alvo de furto. Um sino antigo de bronze e pesando em média 10 kg e provavelmente sem valor financeiro tenha sido furtado. Agora temos de rezar e confiar em Deus para que nossas igrejas não sejam alvo de vândalos", destacou padre Maxiliano Barreto, após o crime.

De acordo com o padre, os fiéis verificaram o furto na manhã de domingo ao chegarem para celebração dominical. O padre fez um apelo à população para ajudar nas investigações policiais.

"Pedimos à população que qualquer informação, entre em contato com a comunidade, ou, com a secretaria paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Italva", disse

Em outro caso, em abril de 2019, um turíbulo (objeto para espalhar incenso na igreja), foi Furtado da Igreja de São Jorge, no Centro do Rio. A peça de prata com cerca de 140 anos seria vendida em Copacabana, na Zona Sul da cidade. Mas, uma força-tarefa com policiais da 4ª DP (Centro), da 36ª DP (Santa Cruz) e do 1 Departamento de Polícia de Área (DPA) impediu a venda e prendeu um homem.

Avaliado em cerca de R$ 3 mil, o sumiço do turíbulo só foi notado pelo padre Jefferson de Oliveira no Domingo de Ramos, nove dias antes do Dia de São Jorge, comemorado dia 23. O turíbulo ficava trancado na igreja, mas estava em manutenção para limpeza e preparação para a festa do Santo Guerreiro. A paróquia chegou a comprar uma peça temporária no valor de R$ 1,2 mil.


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