Após cinco anos, parte dos sete jardins verticais que ocupam as paredes de alguns edifícios localizados ao longo do Elevado Presidente João Goulart, mais conhecido como " Minhocão ", serão removidos. A retirada de quatro dos jardins começou na quinta-feira (16) e vai seguir pelas próximas semanas. A Prefeitura de São Paulo vai pagar R$ 1,077 milhão para desmontar as estruturas, que estão ressecadas pela falta de manutenção do programa.
A gestão do atual prefeito Bruno Covas (PSDB) descumpriu o acordo de manutenção que previa o pagamento de custos como água e luz, estimados entre R$ 400 e R$ 1 mil mensais para cada prédio.
No entanto, com a falta do cumprimento, condomínios desligaram o sistema de irrigação das plantas. O caso foi à Justiça e a decisão foi favorável aos condôminos. Apenas três decidiram manter as instalações.
O acordo que implementou os jardins verticais previa a compensação ambiental e foram instalados pela empresa Movimento 90º. O acordo previa a manutenção e o ressarcimento de custos adicionais por três anos e durante seis meses seria pago pelas incorporadoras, enquanto os meses seguintes seria de responsabilidade da prefeitura. O que não ocorre há quase dois anos.
Após o desligamento de irrigação, moradores se queixaram da presença de insetos e laudos técnicos preocuparam o Edifício Bonfim, que teve a negativa do Corpo de Bombeiros durante uma vistoria, que aponta riscos de incêndio por causa do jardim, com multa de R$ 200 mil por atraso na remoção.