A Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, falou em entrevista ao jornalista Pedro Bial nesta quinta-feira (17) sobre o caso de aborto em uma menina de dez anos estuprada no Espírito Santo . Ela criticou o procedimento e apontou a possibilidade da criança passar por uma cirurgia de cesárea para dar à luz.
Segundo Damares, os médicos do Espírito Santo, que negaram o aborto alegando não ter condições de fazer o procedimento em uma gestação tão avançada, tinham disponibilidade para esperar mais duas semanas de gestação e fazer uma cirurgia para retirar o bebê gerado após o estupro.
“Mais duas semanas poderia ter sido feita uma cirurgia cesárea nessa menina, tirar a criança, colocar numa incubadora, se sobreviver, sobreviveu. Se não, teve uma morte digna”, afirmou Damares. Após ter procedimento negado no Espírito Santo, a menina foi até o Recife, onde fez o procedimento de 17 horas para interromper a gestação.
O aborto em caso de risco de vida à gestante e em caso de estupro (duas condições na qual a criança se encaixava) é permitido por lei.