Karolina tinha 17 anos
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Karolina tinha 17 anos

Uma adolescente de 17 anos , identificada como Karolina de Souza Silva, foi morta pelo namorado na madrugada desta quinta-feira (10) em Vitória. Contra o autor, que confessou o crime à polícia, há quatro processos por ato infracional e uma guia de medida socioeducativa por ato análogo à lesão corporal no âmbito da violência doméstica. O episódio que tinha motivado a vítima a pedir medidas protetivas ocorreu em 14 de agosto de 2018, quando o namorado ainda era menor de idade, segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que converteu a prisão em flagrante pela morte em preventiva.

De acordo com os autos do processo, policiais militares foram acionados por moradores que imobilizaram Gustavo depois que ele provocou um corte no pescoço da vítima, acertando a veia jugular. Quando os PMs chegaram ao local, o autor do crime confessou o que fez e indicou onde estava o corpo da namorada.

A equipe da perícia técnica da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa constatou que foi utilizada uma arma branca do tipo "serrinha de alumínio" e uma espátula. Ambas foram apreendidas.

Levado para a delegacia, Gustavo relatou que mantinha um relacionamento com Karolina e tinha combinado de se encontrar com ela na noite desta quarta-feira (9). Ele disse que os dois consumiram bebidas alcoólicas, tiveram relação sexual e conversaram sobre o namoro. Em seguida, Gustavo afirmou que conferiu as mensagens registradas no celular de Karolina, acrescentando que ela fizera o mesmo com o seu aparelho. Em depoimento, o investigado admitiu ter sido "sempre muito possessivo" com a vítima e contou ter sentido "raiva" ao ver que ela conversava com outros homens.

Antes de matar a namorada, Gustavo disse ter desferido um "mata leão" que fez a adolescente desmaiar. Enquanto ela ficou desacordada, ele explicou ter pego as armas do crime. Uma vez que Karolina já estava morta, o autor ainda enviou uma mensagem para a mãe e uma prima dela contando o que tinha feito. Conforme os parentes da vítima apareceram na residência onde estava o casal, Gustavo tentou fugir, mas foi contido pelo grupo.

Além da agressão sofrida em agosto de 2018, que resultou em internação por medida socioeducativa para Gustavo, a vítima também denunciou ter sido alvo de ameaças de morte "diversas vezes" em áudios enviados por ele em fevereiro de 2019, após uma audiência do caso de violência doméstica.

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