Homem foi preso após fazer mulher de refém por cinco horas
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Homem foi preso após fazer mulher de refém por cinco horas

Eram 2h desta quinta-feira (27) quando uma decoradora, de 36 anos, viu um homem armado arrombar a porta de seu apartamento , na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido, região central do Rio, e invadir o imóvel. O desconhecido - depois identificado como Renan Fortunato do Couto - estava fugindo de uma guerra no Complexo do São Carlos, ali perto. A decoradora disse para a mãe, de 58 anos, e a filha, de 5, irem para o banheiro. E ficou na sala com Renan, que acabou se entregando à polícia após cinco horas.

“Eu estava acordada porque eu fiquei atenta ao tiroteio. Vi os policiais correndo. Fiquei acordada olhando para ver o que estava acontecendo e atenta. Ele chutou a porta e arrombou. Perguntei: por que você veio parar no último andar? Ele disse: porque é mais seguro. Por que a minha porta? Disse que foi aleatório”. contou ela.

A partir daí, a decoradora tentou estabelecer uma relação de confiança com Renan. “Consegui fazer amizade com ele, passar confiança para ele. Consegui tirar a arma dele. Ele estava com uma pistola, colocou na bolsa e a gente ficou conversando. Teve uma hora que a gente estava rindo. Disse que ele tem que mudar a vida dele, que existem outras oportunidades. Que isso aí (envolvimento com o crime) não vai salvar ninguém. O sistema não é para ajudar e então temos que ter nossos valores muito concretos porque não vem suporte de fora. É só interno”.

Sobre a calma que conseguiu manter durante todo o tempo que o suspeito esteve em sua casa, ela disse que manteve o equilíbrio emocional. A decoradora contou que sabia que, para conseguir sair bem da situação em que estava, teria que se tornar amiga de Renan, mostrar que estava do lado dele.

“Você tem que ler a pessoa, saber a caraterística da pessoa e tentar chegar no coração dela. Foi o que eu fiz. Consegui desarmar um bandido. Ele acendeu um baseado, eu acendi meu cigarro e a gente sentou e começou a conversar”, relatou.

A decoradora mora há seis anos no prédio da Rua Aristides Lobo. Mas não vê a hora de se mudar do local depois da experiência, que classificou como terrível mas que também de aprendizado. “Poderia ter sido pior”.


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