Presidente do PSL carioca diz que não fará campanha para Crivella 'de jeito nenhum'
Fábio Motta / Agência O Globo
Presidente do PSL carioca diz que não fará campanha para Crivella 'de jeito nenhum'

A intenção de ala do PSL de apoiar a reeleição do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que envolve até mesmo a indicação do vice na chapa, esbarra frontalmente com os planos do presidente do PSL carioca, o deputado estadual Alexandre Knoploch.

Apesar de a aproximação estar sendo costurada pelas executivas nacionais do partido, Knoploch descarta qualquer apoio pessoal a Crivella no pleito municipal e afirma que, se a aliança for consolidada, pedirá para ser liberado para apoiar outro candidato.

"Não faço campanha para o Crivella de jeito nenhum. Apoio o Cabo Daciolo, mas não apoio o Crivella", disse, referindo-se ao caricato político do PL que disputou a eleição presidencial em 2018 e que tenta disputar o pleito deste ano.

"Acredito que o Crivella é o pior prefeito da história do Rio. Portanto, não tem como eu fazer campanha para ele", afirmou o presidente do PSL carioca.

No PSL, todas as alianças em capitais serão definidas pela executiva nacional do partido, presidido por Luciano Bivar. Knoploch afirma que, caso o apoio do partido a Crivella seja confirmado, pedirá ao diretório nacional para ser liberado e fazer campanha para outro candidato.

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"O meu líder é o (vice-presidente do PSL nacional) Antônio Rueda e respeitarei qualquer decisão que ele venha a tomar. Mas, em caso de aliança com o Crivella, pedirei para ser liberado e fazer campanha para outro candidato no qual verdadeiramente acredite que possa fazer uma boa gestão", disse Knoploch.

O presidente do PSL carioca é entusiasta do nome de Rodrigo Amorim, também filiado ao partido, para a prefeitura, mas fontes afirmam que é cada vez menos provável que a legenda lance candidatura própria.

Crivella tem buscado um vice do PSL para se vincular ao presidente Jair Bolsonaro, que, após romper com o partido em 2019, tem se reaproximado da legenda. A boa relação com o presidente é o principal trunfo de Crivella no pleito eleitoral.

Nas conversas entre dirigentes nacionais do Republicanos e do PSL, fala-se no nome da deputada federal bolsonarista Major Fabiana (PSL-RJ) para o posto de vice na chapa, mas uma moção de repúdio feita no ano passado por Fabiana a Crivella, chamando-o de "apático" e "incompetente", é um empecilho. O episódio foi lembrado, quarta-feira, pela colunista Berenice Seara, do Extra, e esfriou o namoro entre a major e o prefeito.

Antes disso, Major Fabiana afirmara ao GLOBO que iria fazer o que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) determinasse.

"Se o Flávio achar que, para impedir que o Eduardo Paes (DEM) vença a eleição e faça no Rio palanque para o João Doria (PSDB) para a Presidência em 2022, é importante que eu seja candidata a vice do Crivella, serei. Mas isso ainda precisaria ser construído dentro do PSL", disse.

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