Mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter proibido a realização de operações policiais em favelas no Rio de Janeiro, o Observatório de Segurança do Rio de Janeiro registrou 71 operações da polícia e 138 patrulhamentos, a grande maioria delas em regiões de comunidades na cidade. O período analisado foi entre os dias 6 de junho e a última segunda-feira (17) deste mês.
Em relação aos tiroteios, a plataforma Fogo Cruzado registrou 781 confrontos com armas de fogo na região metropolitana do Rio. Ao todo, no período de 6 de junho até a última quarta-feira (19), 239 pessoas foram baleadas e 123 delas morreram.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostraram que as mortes decorrentes de ações policiais no Rio voltaram a subir. Em junho, foram 34. Já em julho, o número passou 50 óbitos. Dentre os 781 casos que foram registrados pelo instituto neste período, 141 tiveram a presença de agentes de segurança.
Contrariando o STF
No dia 5 de junho, o ministro Edson fachin, do STF, decidiu, em caráter provisório durante a pandemia de Covid-19, proibir operações policiais em favelas do Rio. As operações poderiam acontecer apenas em situações extremamente excepcionais, que deveriam ser enviadas por escrito ao Ministério Público do Rio antes de serem executadas.