Brasileiros de todas as regiões do País estão morrendo devido à Covid-19 . E quando a questão são os povos originários, a situação não é diferente. Há duas semanas, eram 22.325 infectados pelo novo coronavírus (Sars-coV-2) em 148 povos. Óbitos estavam na casa dos 633.
Desde então, foram registrados mais 4.118 casos e 57 mortes entre indígenas . Além disso, o número de povos afetados chegou a 155, de acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
Há focos da doença em locais como a reserva do Terena, na região de Aquidauana e Anastácio, no Mato Grosso do Sul, onde 648 pessoas pegaram Covid-19 e 18 morreram. Ainda assim, o governo federal rejeitou, na última quinta-feira (20), uma proposta do Médicos Sem Fronteiras (MSF) para atuar em 11 comunidades indígenas locais, com uma população de 6 mil pessoas.
“Estou muito bravo com essa questão, porque é a minha terra e é o lugar onde mais está morrendo terena. Toda semana tem morte lá. Eles não resolvem nem aceitam ajuda porque são muito ruins. Apresentam planos horríveis", relata o advogado Luiz Henrique Eloy, membro da etnia.
“Os Médicos Sem Fronteiras não precisam da autorização do governo para fazer atendimento humanitário. O conselho do povo Terena pediu que eles fossem até lá porque o governo não estava dando conta. O que o Ministério da Saúde faz ao tentar barrar é negar o auxílio humanitário, além de se omitir”, conclui o advogado. Esta matéria contém informações do Metrópole .