Cisam, maternidade na qual menina passou por processo para interromper gravidez
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Cisam, maternidade na qual menina passou por processo para interromper gravidez

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) anunciou, nesta quinta-feira (20), que irá investigar a conduta de médicos que teriam entrado no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), no Recife, para constranger a menina  de 10 anos que realizou um aborto no local, após ter sido estuprada pelo tio . O processo corre em sigilo.

Segundo a assessoria do Cremepe, a investigação foi aberta após informações divulgadas pela imprensa.

A nota oficial diz que o conselho vai "apurar as informações referentes aos profissionais médicos que teriam acessado o quarto em que estava a criança de 10 anos vitima de estupro, antes da interrupção da gravidez, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM). O expediente corre em sigilo processual para não comprometer a investigação".

A criança passou pelo procedimento, autorizado pela Justiça e previsto na Constituição , no último dia 17. Segundo relatos à reportagem, pelo menos um profissional médico teria conseguido acessar o quarto da menina na noite anterior para pressioná-la, mostrando detalhes gráficos do procedimento e questionando a decisão dela e da avó.

A criança, que morava em São Mateus, no Espírito Santo, não conseguiu realizar o aborto no estado natal porque o hospital referência de Vitória alegou "questões técnicas" para tanto.

Para conseguir entrar no Cisam , que estava cercado por manifestantes contrários ao aborto, a criança precisou entrar no porta-malas de uma minivan Doblò para despistá-los.

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