Procurador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol
Fernando Frazão / Agência Brasil
Procurador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol

O Conselho Nacional do Ministério Público adiou, novamente, a análise da representação feita pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

O motivo é o PowerPoint apresentado em 2016 para explicar a denúncia contra Lula no processo do tríplex do Guarujá, no litoral paulista.

Segundo o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, essa foi a 41ª vez em que a análise do processo foi adiada. "A coletiva do PowePoint é um escândalo conhecido no mundo todo e além de embasar esse pedido de providências ela também fundamenta o pedido de suspeição dos procuradores da Lava Jato para atuar nos casos do ex-presidente Lula", afirmou o advogado.

Na próxima terça-feira (25), o conselho vai voltar a se reunir e a expectativa é que a análise seja feita pelos procuradores. Nesta segunda-feira (17), o ministro do STF, Celso de Mello, determinou a suspensão de outros dois processos contra Dallagnol que poderiam ser julgados hoje pelo CNMP.

Os processos envolviam o afastamento do procurador da coordenação da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba.


Alegação da defesa

A defesa do ex-presidente argumenta ao Conselho Nacional do Ministério Público que Deltan e os procuradores da Lava Jato atuaram com abuso de poder, porque imputaram ao petista acusações que não eram objeto da denúncia feita no processo do tríplex, como a de que Lula seria o comandante do esquema de desvios da Petrobras, com o objetivo de acabar com a sua reputação.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!