A ONG Rio de Paz realizou na manhã deste sábado, dia 8, uma protesto em memória dos quase 100 mil brasileiros mortos pelo novo Covid-19, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O grupo também protesta e faz críticas contra a administração do poder público durante a pandemia.
''Quando o Brasil chega à triste estatística de 100 mil brasileiros mortos pela Covid-19, o Rio de Paz pergunta: por que somos o segundo país em número de mortos? A frase está num cartaz de dois metros fixado na areia da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã deste sábado'', escreveu a ONG no Instagram.
O protesto da Rio de Paz é feito em conjunto com o Departamento de Informação Pública da ONU, e será realizado até às 11h da manhã deste sábado. A ação se encontra em frente ao Copacabana Palace, na Praia de Copacabana. Ao todo, são mil balões de gás biodegradáveis e cem cruzes espalhadas pela areia.
De acordo com a ONG, o ato será encerrado às 11h com a soltura dos balões, simbolizando as vidas que se foram. A dramatização será conduzida pelo taxista Márcio Antônio do Nascimento Silva que, no último ato público realizado pela instituição, fixou as cruzes na areia da Praia de Copacabana após elas serem derrubadas por um senhor que passava pelo local e era contrário ao protesto. ''Márcio Antônio teve um filho morto pela COVID-19. Por isso, sua atitude indignada naquela manifestação. Domingo próximo, pela primeira vez, ele não terá a sua companhia no Dia dos Pais'', explicou a Rio de Paz nas redes sociais.
"Poder público e sociedade precisam responder a uma questão para a qual nos remetem as 100 mil mortes por coronavírus: por que somos o segundo país em número de mortos? Da resposta racional, isenta e honesta a essa pergunta dependem as mudanças pelas quais o Brasil precisa passar a fim de vivermos num país no qual a santidade da vida humana seja respeitada", diz Antônio Carlos Costa, presidente do Rio de Paz.
Na última sexta-feira, o Brasil chegou a marca de atingiu o número de 99.702 mortos pelo novo coronavírus, sendo 1.058 deles nas últimas 24 horas. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.