A Câmara Municipal de Goiânia voltou do recesso nesta terça-feira (4) e seu primeiro dia de trabalho já foi marcado por conflito de 20 minutos. Um embate entre o vereador Clécio Alves (MDB), que estava presidindo a sessão, e a vereadora Tatiana Lemos (PCdoB) acabou em gritaria.
A Câmara de Goiânia iria votar um projeto da vereadora sobre o direito de mulheres realizarem exame de trombofilia na rede municipal de saúde. Após o projeto ser lido, Alves deu apenas três segundos para que o projeto fosse discutido, antes de dar início a votação.
A vereadora, que estava participando de forma remota devido a problemas de saúde, não teve tempo de ligar seu microfone para que pudesse se expressar sobre o projeto. Ela então começou a reivindicar o seu direito de expressão, o que levou a uma discussão com Alves que durou 20 minutos.
"O senhor deveria saber que existem vereadores que estão participando de forma remota", afirmou a vereadora.
"Eu não sou adivinho, não tenho poder de saber que o telefone da senhora está desligado...No meu conhecimento, esse negócio de remoto acabou, não existe mais", gritou o vereador de Goiânia, pedindo em seguida que o microfone da vereadora fosse silenciado.
"Corta a palavra da vereadora . É para cortar o som da vereadora, estou determinando. Corte o som. É para cortar. Agora", disse o vereador de . Outros parlamentares, no entanto, defendiam o direito de Lemos.
Após 20 minutos, a vereadora de Goiânia conseguiu se expressar sobre o projeto. O vereador deixou que ela argumentasse depois de ser convencido por colegas. Ele disse que daria a ela direito de falar já que tinha acabado de descobrir que ela autora da proposta – algo que havia sido explicado logo no início da leitura do projeto.