Sem cumprir o prometido, o Ministério da Saúde planeja cancelar a compra de ao menos 2.880 respiradores . O volume corresponde a 50% de ventiladores de transporte - usados por equipes no transporte de pacientes com dificuldade de respiração - contratados pela pasta à empresa Magnamed.
O contrato previa produção e entrega nos meses seguintes para o combate à Covid-19 . Todavia, no ofício obtido, o Ministério afirma que a empresa passa a estar autorizada a vender produtos no mercado interno e para outros países, o que era vetado antes por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2).
Em nota, o ministério confirmou que "contratos de aquisição de respiradores estão sendo revistos". Disse ainda que "o objetivo é otimizar a oferta conforme a demanda dos gestores locais".
A pasta também justificou a medida alegando "o caráter mutável da epidemia e as alterações nos planos de contingência".
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Além da Magnamed, o Ministério firmou contratos com mais quatro empresas para produção e compra de respiradores. A previsão inicial da pasta era fornecer até 16.252 respiradores até o fim deste mês, com prazo máximo até outubro.
Dados de um painel criado pelo ministério para acompanhar a distribuição de equipamentos em meio à pandemia apontam que foram entregues 8.628 respiradores até agora a estados e municípios. Destes, 4.584 são para uso em UTIs e 4.044 para transporte de pacientes.
Só para os respiradores de transporte, o valor previsto a ser pago era de R$ 236,9 milhões. Procurada, a Magnamed disse que não iria se pronunciar sobre o caso.
O atraso na entrega de itens prometidos para assistência ao novo coronavírus
tem sido alvo de críticas de gestores de saúde nos últimos meses. Com informações da Folha de S. Paulo
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