O ministro interino da saúde, Eduardo Pazuello , atualizou nesta terça-feira (21) as medida de combate à Covid-19 no Brasil. Segundo ele, a estratégia da pasta no momento é investir em tratamento precoce da doença transmitida pelo novo coronavírus.
Em coletiva de imprensa realizada no Palácio Piratini, no Rio Grande do Sul, Pazuello afirmou ainda que “médico é soberano” diante do tratamento da Covid-19 e tem autonomia para passar os medicamentos que julgar necessário no combate à doença.
O ministro interino também se pronunciou sobre o uso da hidroxicloroquina e de outros medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. “Cabe ao médico orientar o paciente”, afirmou.
Pazuello estava ao lado do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Junior, para anunciar a entrega de equipamentos e insumos para o estado, que se depara agora com o crescimento do número de casos.
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Segundo o ministro, o Ministério da Saúde está levando ao estado “o que tem de mais efetivo”, avaliando o que deu certo ou errado em estados e regiões onde a pandemia “se mostrou na parte mais dura”, como no caso de estados das regiões Norte e Nordeste e das capitais de São Paulo e Rio de Janeiro.
“Avaliamos o que deu certo e o que não deu certo. Nós mudamos várias orientações, alteramos protocolos, e hoje podemos resumir da seguinte forma: o tratamento ideal é o tratamento precoce”, pontuou Pazuello.
“O diagnóstico é feito pelo médico e ele erroneamente foi classificado apenas como teste. [...] O diagnóstico para a doença causada pela Covid-19 [sic] será clínico, pelo médico. E poderá ser aprofundado com exames laboratoriais, tomografia computadorizada, radiografia… Poderá ter o exame de sangue, poderá ter um teste RT-PCR”, acrescentou o ministro.
Pazuello afirmou que, uma vez que o médico realizar o diagnóstico, o paciente deve entrar no número de casos de Covid-19 para abastecer a base estatística usada na somatória do boletim epidemiológico. O ministro afirmou que “essa é a melhor forma” de tratar a Covid-19.
Questionado sobre o uso da hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina, Pazuello disse que a orientação fica a cargo do médico. Ele diz que a orientação do Ministério da Saúde “não é um protocolo nem uma diretriz”, mas uma apresentação do que “está dando resultado em termos de prescrição e qual a melhor dosagem e melhor momento desse uso”.
“Cabe ao médico avaliar o paciente, diagnosticá-lo. Cabe ao médico prescrever qual é o medicamento ideal naquela fase para aquele paciente”, disse Pazuello.