Carlos Moisés (PSL-SC), governador de Santa Catarina, disse que usou diversos medicamentos sem eficácia comprovada para se recuperar da infecção pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) . Segundo ele, mais de duas semanas após o diagnóstico, ainda não se sente 100% recuperado da doença.
"Sim, utilizei até os remedinhos para piolho, como diz um amigo (risos)", disse o governador em entrevista ao portal NSC Total , quando perguntado se usou a hidroxicloroquina, remédio defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ao falar do "remedinho para piolho", Moisés se referia à ivermectina .
"A ivermectina, que já usei muito em animais, tanto na forma injetável quanto comprimidos. É usada para pessoas também. É um vermífugo, mas teria (diz com ênfase) um efeito antiviral. Da mesma forma a hidroxicloroquina , que usei por quatro dias, teria (com ênfase) um efeito antiviral em relação ao coronavírus. Assim como sulfato de zinco, que também teria (com ênfase) um efeito antiviral. Esses três, combinados com a azimotricina", afirmou Moisés.
O governador defendeu o uso dos três remédios e informou que o 'pacote' está disponível na rede pública de saúde. Segundo ele, uso do 'combo' deve ser combinado entre o médico e o paciente.
"Em comum acordo com seu profissional, que pergunte se você quer usar ou o paciente demonstre interesse no uso, é importante que o médico dialogue, porque alguns pacientes não podem usar todos esses medicamentos", disse.
"Os medicamentos já existem e estão aprovados para uso da população, não para a finalidade que se apregoa (covid-19). Mas não significa dizer que o estado não permite o uso e nem disponibiliza. É permitido o uso, desde que haja diálogo com seu médico. Eu não posso impor essa prescrição, é entre paciente e médico", continuou Moisés .