A Justiça de São Paulo prorrogou, por mais cinco dias, a prisão temporária dos empresários Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso, ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL).
Os empresários foram presos na última sexta-feira (10), após suspeitas de fazerem parte de um esquema de sonegação fiscal e suposta lavagem de dinheiro por meio do Google e os superchats do YouTube, que envolvem o MBL.
A Operação Juno Moneta, que é conduzida pelo Ministério Público de São Paulo junto com a Polícia Federal e Civil, detectou mais de 20 firmas que teriam sido criadas pelos fundadores do Movimento Renovação Liberal (MRL), associação privada relacionada ao MBL, da família Ferreira dos Santos.
A operação investiga fraudes e desvios de até R$ 400 milhões. Apesar da ligação entre os presos e o MBL, o MP afirmou que os desvios até o momento não são da alçada política, e sim a essas empresas ligadas aos presos.
"A família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, adquiriu/criou duas dezenas de empresas, que hoje se encontram todas inoperantes e, somente em relação ao Fisco Federal, devem tributos, já inscritos em dívida ativa da União, cujos montantes atingem cerca de R$ 400 milhões", apontou a Promotoria.
Os empresários Alessander Ferreira e Luciano Ayan integrariam, supostamente, o "núcleo de membros/doadores assíduos" do esquema de lavagem. Segundo o MP, Ferreira registrou "movimentação financeira extraordinária e incompatível" e suposta "criação/sociedade em duas empresas de fachada", realizando "doações altamente suspeitas através da plataforma Google", apontou.