Braz Cardoso Neto foi julgado por fraudar sistema de cotas raciais e sociais para ingressar na USP em 2019 pelo Sisu.
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Braz Cardoso Neto foi julgado por fraudar sistema de cotas raciais e sociais para ingressar na USP em 2019 pelo Sisu.


O jovem branco Braz Cardoso Neto, estudante do curso de relações internacionais da USP (Universidade de São Paulo), foi expulso da instituição após decisão do primeiro julgamento de fraude de cotas da história da universidade, de 193 anos. Conforme apresentou a reportagem da Folha de S.Paulo .


Ele alegou ser branco e baixa renda para ingressar na universidade em 2019 pelo Sisu, porém não conseguiu comprovar para a banca examinadora a sua situação financeira e não convenceu sobre a suposta ascendência negra e traços negróides que comprovariam seu direito à vaga.

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O comitê de cotas raciais aprovou por decisão unânime que o jovem fraudou as informações e por isso deve ser expulso da instituição. O processo para determinar a expulsão do jovem durou mais de um ano. O jovem branco responsável pela fraude encaminhou ao comitê fotos de pessoas negras que alega serem seus avós, mas não apresentou documentos que confirmem o parentesco.

A política de cotas da universidade não prevê vagas para ascendentes de pessoas negras e sim para estudantes que realmente possuem traços negróides , portante sofrem com o racismo .

Em relação às informações sociais, o jovem alegou renda familiar de R$ 1 mil reais per capita em uma casa com 4 pessoas, das quais 3 são provedoras da renda e uma denpendente. As investigações apuraram que o jovem viajava constantemente, inclsuive para destinos internacionais , e utilizava um carro particular para acessar a universidade.

 Na defesa, o estudante expulso alegou utilizar transporte público e que a viagem para Miami exposta nas redes sociais foi um presente à mãe. Coletivo de Negras e Negros do Instituro de Relações Internacionais da USP foi o responsável pela denúncia, que foi acompanhada de diversas fotos que comprovariam a incompatbilidade entre o padrão de vida do jovem e as informações prestadas à universidade. 

A USP declarou que o jovem teve amplo direito de defesa, mas não conseguiu comprovar as informações sobre raça e classe social . O edital do Sisu é claro ao explicar que "as cotas raciais destinam-se aos pardos negros e não aos pardos socialmente brancos, conclusão que demanda a observação da cor da pele associada às demais marcas ou características que, em conjunto, atribuem ao sujeito a aparênciaracial negra".

O comitê sugeriu a expulsão do aluno por fraude ao sistema de cotas raciais, mas reconhecem a validade da autodeclaração do jovem e relembraram que apenas a corda da pele não caracteriza expressão racial parda.

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