O Ministério Público Federal (MPF) pediu, nesta segunda-feira (06), o afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da pasta. Para os procuradores do MPF, Salles age contra os princípios de preservação ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o que caracteriza a improbidade administrativa.
O processo vai tramitar na 1° instância, por se tratar de improbidade administrativa. A ação é movida por procuradores do Distrito Federal e também por integrantes da 'Força Tarefa Amazônia', do Ministério Público.
O que diz o MPF
A ação movida pelo Ministério Público para afastar Salles da pasta do Meio Ambiente tem como base uma série de atitudes do ministro que vão de encontro com as medidas protetivas da política ambiental.
Segundo o MPF, existem decisões que contribuiram para o enfraquecimento das leis ambientais do país; desestruturação de órgãos de fiscalização e transparência; corte em orgãos de fiscalização, como o Ibama e o ICMBio.
A ação tem 126 páginas e é assinada por um total de 12 procuradores. No texto, os profissionais pedem ainda que Salles perca os direitos políticos durante cinco anos, além de ter de ressarcir danos e pagar multa pelos atos cometidos.
"A permanência do requerido Ricardo de Aquinno Salles no cargo de Ministro do Meio Ambiente tem trazido, a cada dia, consequências trágicas à proteção ambiental, especialmente pelo alarmante aumento do desmatamento, sobretudo na Floresta Amazônica", alertaram os procuradores.