"Isso sim é uma informação", diz Pazuello sobre sistema de dados da Covid-19

General negou que o governo tenha interesse em subnotificar casos e mortes

Genera Pazuello negou notificação de mortes por Covid-19
Foto: José Dias/PR
Genera Pazuello negou notificação de mortes por Covid-19

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, explicou hoje (9) as mudanças de divulgação dos dados da Covid-19. Segundo ele,  o governo  "buscou números reais" sobre os casos e óbitos em decorrência da covid-19 e "nunca mudou dados". O general disse, também, que o sistema proposto, que entrou no ar no domingo, demorou quase 20 dias para ficar pronto".

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"Os números nunca serão mudados. Estávamos buscando o número verdade para evitar a subnotificação e não buscar a hipernotificação", afirmou, durante a reunião do Conselho Ministerial.

O método de divulgação do ministério da saúde tem sido questionado, uma vez que indicadores disponibilizados pela pasta têm divergido dos dados das secretarias da saúde. Além disso, no domingo, primeiro a pasta anunciou 1.382 mortes; mais tarde, alterou o número para 525, uma redução de 857. Só ontem o governo explicou o erro.

"Os dados precisam ser completos e sem nenhuma dificuldade de acesso. Nós começamos a trabalhar nisso há 20 dias atrás, mas demoro para chegar nesse modelo. A pergunta eterna: quando os dados vão ser atualizados? 24 horas. Aqueles que não estiverem atualizados, é porque não chegou a atualização. Não existe horário, se é 16h, 17h, 20h, a hora que ele chegar ele é compilado. Quanto mais cedo o dado chegar, mais cedo ele estará lá", disse o interino.

Pazuello ainda afirmou que o governo quer contabilizar "números reais" das mortes naquele dia, ou seja, sem adicionar as mortes que ocorreram em outros dias, mas que só foram registradas depois.

"Quando olhamos no registro, tem a data do óbito. Não tem nada a ver com mudança de números, os óbitos estão registrados. Mas o registro daquele dia não significa que a morte ocorreu naquele dia. Então você vai corrigindo os dados anteriores e aí você vai entendendo a curva. Se nós lançarmos no dia em que a pessoa morreu, temos a curva mais exata. Estávamos buscando os números reais", completou.