Avó do menino Miguel, de 5 anos, que morreu ao cair do 9º andar de um edifício de luxo no Recife, Marta Alves demonstrou indignação com a postura da patroa, que deixou a criança sozinha no elevador, levando à tragédia da última terça-feira. Ela revezava com a filha, Mirtes, no trabalho como empregada doméstica na casa de Sarí Corte Real, mulher do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB).
Em entrevista ao Fantástico, neste domingo, Marta lamentou a morte de seu único neto. "Eu dei 6 anos da minha vida para os filhos dela, ela não conseguiu dar 10 minutos para o meu neto", disse a avó do menino.
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A Polícia Civil de Pernambuco chegou a afirmar em entrevista coletiva na semana passada que a patroa agiu com negligência
. Segundo o delegado, a dona do apartamento “era a responsável legal pela guarda momentânea” do menino.
Imagens do circuito de câmeras de segurança , divulgadas pela Polícia Civil, mostram o momento em que a patroa fala com o menino no elevador e parece apertar um botão para a cobertura do prédio. O menino aperta outros botões e acaba saindo do elevador no 9º andar, onde escalou uma grade na área dos aparelhos de ar-condicionado e caiu de uma altura de 35 metros.
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Sarí foi presa em flagrante, pagou uma fiança de R$ 20 mil e irá responder em liberdade por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. "Se fosse a minha filha, ela estaria presa, e não teria dinheiro no mundo que soltasse", criticou a avó.
Segundo o advogado de Sarí, há outros vídeos que mostram que a mulher tentou convencer o menino a deixar o elevador em diversos momentos. E em uma das imagens ele chega a sair.
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Na última sexta-feira (5), ela divulgou uma carta pedindo perdão à empregada doméstica. "Nunca, mas nunca mesmo, pude imaginar que qualquer mal pudesse acontecer a Miguel, muito menos a tragédia que se sucedeu", redigiu.