O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), prorrogou a quarentena na cidade, a mais atingida pelo novo coronavírus no país, até o dia 15 de junho e definiu critérios para a reabertura da economia da cidade. A decisão faz parte da  flexibilização do distanciamento social anunciada na última quarta-feira (27) pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Na ocasião, o governador apresentou um plano que incluía a prorrogação da quarentena no estado mas com fases de flexibilização distintas conforme a situação do sistema de saúde em cada cidade: os prefeitos das cidades menos afetadas poderiam começar a reabertura da economia.

Bruno Covas
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Bruno Covas


O governo dividiu o mapa do estado em zonas de risco, avaliadas a partir de indicadores como capacidade hospitalar pública e privada, além da evolução da doença.

O decreto assinado pelo prefeito Bruno Covas foi publicado no Diário Oficial neste sábado prorrogou a quarentena na cidade e também detalhou quais serão as condições e diretrizes para a gradual retomada de atividades na cidade. Nesta sexta-feira, o estado de São Paulo ultrapassou os 100 mil casos. O estado também tinha registrado, até então, 7.275 mortes."A quarentena continua na cidade de São Paulo", disse o prefeito.

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"A partir de segunda-feira, começamos receber as propostas setoriais de atividades imobiliária, escritórios, comércio, shoppings e concessionárias de veículos. Elas devem atender o disposto no decreto, que terão de ser referendadas pela vigilância sanitária do município e assinadas antes da retomada das atividades."

A reabertura é vista com preocupação por médicos e especialistas. Com base no número de mortes, na curva de casos ainda longe de queda e na alta ocupação de leitos de UTI, o projeto de retomada de atividades econômicas é visto como precipitado e arriscado por especialistas.

Atualmente, São Paulo está na classificação "laranja" no plano de fases de reabertura apresentado pelo governo estadual. Nesta classificação, poderão ser retomadas as atividades de atendimento ao público de shopping centers, comércio e serviços, desde que sua atividade seja limitada a 20% e com horário reduzido, além da adoção de protocolos de segurança.

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As entidades que representam esses setores irão apresentar uma proposta de funcionamento à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho em que irão detalhar os protocolos de distanciamento, higiene e sanitização de ambientes, além de orientação de clientes, testagem de colaboradores, horários alternativos com redução de expediente, sistema de agendamento, fiscalização e monitoramento e, por fim, apoio aos colaboradores que não tenham quem cuide de seus dependentes.

Após ser aprovado, o termo de compromisso entre os estabelecimentos e a Prefeitura permitirá a retomada do atendimento presencial ao público.

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