Pacientes com Covid-19 na UTI de hospital em São Paulo
Edilson Dantas / Agência O Globo
Pacientes com Covid-19 na UTI de hospital em São Paulo

Seis hospitais municipais de São Paulo já não recebem, desde ontem (14), novos pacientes em suas unidades de terapia intensiva (UTIs), por lotação máxima ou por estarem muito próximas da lotação. Ao todo, a capital paulista possui 20 hospitais municipais. Ontem, a taxa geral de ocupação dos leitos de UTI era de 89%.

Na rede do governo do Estado, que é complementar à da Prefeitura, já há dez centros médicos com uma ocupação superior a 90%, e cinco deles já apresentam lotação máxima.

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Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, “a situação está se agravando muito”. Ele diz que, dos seis centros que não estão mais recebendo pacientes, dois (o Hospital Inácio Proença de Gouvêa, da Mooca, e o Hospital Planalto, de Itaquera, ambos na zona leste) atingiram a lotação máxima. Já os Hospitais Saboya, no Jabaquara, zona sul, Doutor José Soares Hungria, de Pirituba, e Vereador José Storopolli, da Vila Maria (os dois da zona norte) e o Hospital Municipal de Cidade Tiradentes, na zona leste, estão próximos disso, e devem não aceitar novos pacientes ao menos até o fim de semana, para ganhar fôlego.

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A situação obriga a Prefeitura a fazer mais transferências. "A gente vai direcionando para os hospitais que têm vaga ou para essas parcerias”, afirmou, referindo-se a um total de 208 leitos de hospitais privados que já estão sendo usados pelo SUS.

Na rede municipal, ontem, havia 433 pessoas internadas em leitos de UTI, além de 358 pessoas que estão em leitos com ventilação mecânica.

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A Prefeitura ainda tem leitos de UTI para serem acrescentados à rede – o hospital de Itaquera, por exemplo, deve receber mais oito até o fim de semana – e já tem acordo para usar 208 leitos intensivos de hospitais da rede privada. Internamente, a gestão Bruno Covas (PSDB) chegou a avaliar a possibilidade de instituir uma “fila única” na cidade, em que a Prefeitura iria requerer leitos da rede privada, mas preferiu fazer acordos com os hospitais privados para usar parte das vagas, por meio de uma remuneração diária de R$ 2.100.


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