Governador de São Paulo, João Doria
Agência Brasil
Governador de São Paulo, João Doria

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta quarta-feira (13) que o estado de São Paulo não acatará o decreto presidencial publicado no dia 11 de maio sobre a inserção de "academias esportivas, salões de beleza e barbearias" como serviços essenciais no Brasil, permitindo assim o seu funcionamento apesar das medidas de distanciamento social .

O governo utiliza como base a decisão do Supremo Tribunal Federal que deu aos estados e municípios o poder de decidir quais medidas devem ser adotadas para evitar o agravamento da pandemia de Covid-19. "Aqui em São Paulo o governo respeita e ouve o seu comitê de saúde, que nos indica que ainda não temos condições sanitárias seguras para autorizar a abertura de academias, salões de eleza e barbearias nesse momento", disse o governador.

O coordenador do comitê de contingenciamento do Covid-19 em São Paulo ainda reforça que a abertura dos estabelecimentos oferecem riscos que vão além da flexibilização nas medidas de distanciamento social. "É importante destacas que a contaminação do vírus também acontece quando uma pessoa entra em contato com uma superfície contaminada e depois leva a mão ao rosto, à boca... falando especificamente sobre academias, é importante lembrar que é um ambiente onde as secreções são abundantes. Além disso, é muito difícil fazer um exercício físico de máscara, que também teriam sua durabilidade comprometida pelo suor", diz. O mesmo argumento é reforçado pelo profissional a respeito dos salões de beleza, que demandam uma proximidade entre profissionais e clientes. "Do ponto de vista do controle sanitário, é uma situação de alto risco", defende.

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"Respeitamos todos os profissionais que atuam em academias, barbearias e institutos de beleza. Eles merecem todo o rspeito, mas nosso maior respeito por esses profissionais é garantir a sua vida, a sua existência e a sua saúde", completou Doria, que ainda aproveitou a coletiva de imprensa para transmitir solidariedade ao governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, que foi mencionado pelo presidente em um vídeo no qual Bolsonaro o ofende diretamente.

Assim como em São Paulo, o Rio de Janeiro também escolheu não acatar o decreto sobre os novos serviços essenciais, classificando a flexibilização do governo federal como "irresponsabilidade" e uma "caminhada para o precipício".

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