Um novo estudo anunciado pelo governo da Espanha nesta quarta-feira (13) aponta que 5% da população do país contraiu o novo coronavírus (Sars-CoV-2) durante a primeira onda de infecções, com base na presença de anticorpos. Mais de 60 mil voluntários foram testados aleatoriamente, sugerindo que 2,3 milhões de espanhóis tiveram Covid-19 .
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O número é quase dez vezes maior do que os 228 mil casos registrados pelas autoridades. Se estiver correto, o estudo prevê que a taxa de mortalidade do novo coronavírus no país fica em torno de 1,1%. Até o momento, 27 mil pessoas morreram.
Segundo Marina Pollan, chefe do Centro Nacional de Epidemiologia, cerca de 26% das infecções eram assintomáticas. A especialista também afirma que anticorpos eram menos frequentes em crianças do que na população geral.
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A taxa de anticorpos no sangue também demonstrou variação por região, conforme os dados do governo. Em Madrid, uma das regiões mais afetadas, 11,3% da população testou positiva para anticorpos. Em regiões como Asturias, Murcia e as Ilhas Canárias, o número ficou abaixo de 2%.
Os resultados do estudo espanhol mostram que a doença se espalha menos do que era imaginado. No fim de março, o levantamento da Imperial College de Londres estimou que a Espanha teria 7 milhões de contaminados.
Ainda conforme os dados, o governo espanhol aponta que 95% da população ainda está vulnerável ao vírus. Segundo a Universidade John Hopkins, é necessário que 70% ou 90% da população de um país tenha a doença para atingir a imunidade de rebanho.
Os estudos de anticorpos foram liderados pelo Ministério da Saúde da Espanha, em parceria com o Instituto de Saúde Carlos III. Segundo os pesquisadores, os testes foram conclusivos para o estudo.