O governador Eduardo Leite (PSDB-RS) novamente criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela forma que tem lidado com a pandemia no Brasil. Segundo Leite, Bolsonaro é radical e dificulta as ações de combate ao vírus. 

"O que eu vejo, infelizmente, no governo federal é que a opção pelo confronto , de forma radical, rompe as pontes todas que são fundamentais nesse momento de uma conciliação com a sociedade, com o parlamento, com outros poderes, para que nós possamos coordenar ações de uma forma mais efetiva", disparou o governador gaúcho em entrevista à  Globonews.

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O governador disse ainda que os estados tomaram a dianteira das ações de enfrentamento ao Covid-19 devido à falta de liderança do Governo Federal. 

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Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB)
Antonio Cruz/ABr
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB)

"Houve muita contestação à ciência , à gravidade da crise da pandemia, e isso tirou de certa forma a autoridade e a legitimidade do próprio governo federal para exercer um papel que é seu é que é indelegável, que é de liderança e coordenação desse processo", explicou.

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O governador gaúcho aproveitou para defender o 'distanciamento controlado' , que começou a ser praticado no Rio Grande do Sul. O modelo funciona da seguinte forma: o estado é dividido em 20 regiões, que são classificadas em uma das quatro bandeiras: amarela, laranja, vermelha e preta. Essa classificação determinará quais ações cada região tem que adotar.

"No distanciamento que estamos promovendo, chamado distanciamento controlado, não se confunda com flexibilização. Não é uma abertura feita de forma aleatória, é simplesmente um sistema em que buscamos tirar a subjetividade na decisão de distanciamento e deixarmos mais objetiva, a partir de um modelo que considera 11 indicadores: internações por síndromes respiratórios, internações por covid, casos confirmados de covid, número de óbitos, entre outros". explicou.

De acordo com o governador, o modelo foi adotado só agora porque o estado precisava de dados de um período de dois meses para possibilitar a análise das estatísticas e a comparação com os períodos anteriores.

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