Há cerca de 15 dias o crescimento do número de óbitos no Brasil desacelerava em um ritmo parecido ao de grandes países europeus. Mas, atualmente, esse número passou a diminuir bem menos do que na Europa.
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Na sexta-feira (8), o número oficial de mortes no Brasil crescia a uma taxa de 6,5% ao dia. Na Itália, em um dia equivalente da epidemia, o número crescia a 3,1% - a contagem foi feita a partir da quinta morte pela Covid-19 em cada país, por isso a comparação.
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Na França, essa taxa está em 2,5%; no Reino Unido, em 3% e, nos Estados unidos, em 8,2%. Vale lembrar que essa não é a variação do número absoluto de mortes por dia, mas sim do aumento porcentual do número de óbitos em determinado dia comparação às mortes acumuladas até então.
Para o epidemologista e reitor da Universidade Federal de Pelotas Pedro Hallal, o resultado do Brasil é preocupante. Em entrevista ao jornal Folha , o especialista disse que o "todo o avanço obtido com a rápida adoçao das políticas de distanciamento pode ser perdido caso o relaxamento das medidas se dê de forma descontrolada". Se isso acontecer, segundo Hallal, a redução no número de mortes , observada em vários países, pode acontecer mais tardiamente por aqui.