Favela do Heliópolis em São Paulo
Reprodução/Facebook Heliópolis
Favela do Heliópolis em São Paulo

Uma liminar da Justiça de São Paulo nesta terça-feira (7) obrigou a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) a abastercer as favelas com água durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). A decisão determinou que um cronograma de trabalho deverá ser apresentado pela companhia em até 72 horas.

Depois que esse calendário for apresentado, a companhia terá cinco das para comprovar as medidas tomadas. Em caso de descumprimento, foi estipulada uma multa de R$ 100 mil por dia.

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A decisão é provisória, o que significa que ela pode ser revertida conforme o andamento e o julgamento do mérito do processo. Ela diz que, em meio a pandemia, a falta d’água impede medidas básicas de prevenção, como lavar as mãos, e atende a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público paulista.

"O perigo na demora evidencia-se em face do risco de colapso do sistema hospitalar com um cenário de contaminação expandida pela negativa de oferta de item básico a uma parcela expressiva da população, além do risco óbvio de atingimento das vidas de inúmeras pessoas​", diz a decisão assinada pela juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi.

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Segundo balanço desta terça-feira (7) do Ministério da Saúde, o Brasil tem 667 mortes e 13.717 casos confirmados de Covid-19. Essa foi a primeira vez que o levantamento divulgou mais de 100 novas mortes. O número foi de 114.

O estado de São Paulo é o que tem mais mortes, com 371 das 667 ocorrências. A letalidade é de 6,5% no estado. No quadro de casos confirmados, ele também lidera a lista. O estado tem 5.682 pessoas infectadas pelo coronavírus.

Em nota a Sabesp comunicou:

"Em razão da pandemia do coronavírus, a Sabesp já adotou medidas em benefício das famílias de baixa renda como a isenção do pagamento das contas mais de 2 milhões de clientes cadastrados na tarifa social (medida vale por 90 dias, a partir de 1/4); distribuiu mais de 2.100 caixas d’água (de um total de 3.500) a moradores que não têm condição de comprar o reservatório".

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