Maior quantidade de casos é registrada na Barra da Tijuca
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Maior quantidade de casos é registrada na Barra da Tijuca

A cidade do Rio já tem 12 crianças entre 0 e 9 anos infectadas com coronavírus. De acordo com o painel da Secretaria Municipal de Saúde, a média de idade é de 1,3 anos, o que indica que a maioria é bebê . Delas, seis são meninos e as outras meninas. A Barra da Tijuca concentra o maior número de casos, tendo três confirmados.

Em Botafogo, duas crianças já foram diagnosticadas. Em Ipanema, Freguesia, Leme, São Cristóvão e Paciência foram registrados um paciente em cada. Uma criança, que mora fora da capital, também foi diagnosticada na rede municipal. Outra ainda não teve os dados de residência atualizados na plataforma da prefeitura.

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Entre os jovens e adolescentes de 10 a 19 anos, oito já foram diagnosticados com a Covid-19. A média de idade deles é de 14,4 anos e são moradores da Barra da Tijuca, Ipanema, Lagoa, Jardim Botânico e Gávea.

Segundo o infectologista e pediatra Marco Safadi, os casos de coronavírus em crianças costumam ser mais brandos. O médico, que atua em hospitais de São Paulo, já atendeu duas crianças infectadas com Covid-19 com menos de um ano. Nos dois pacientes, Safadi conta que foi preciso alguns dias de internação, mas a recuperação evoluiu bem.

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Safadi alerta que, como muitas crianças estão em casa, os adultos podem ser os vetores de transmissão, já que alguns ainda trabalham e frequentam lugares com alta exposição, como mercados. Por isso ele recomenda a higienização logo após a chegada em casa.

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Ele orienta que os pais devem ficar atentos aos sintomas e procurar auxílio se perceberem o agravamento. “As crianças e bebês são grupos que têm mais chances de contrair infecções respiratórias. Elas podem também ser alvo de coinfecções, pegando outro vírus da gripe, que pode agravar algum caso. Se ela estiver com uma febre contínua, se cansar na hora de mamar, por exemplo, pode ser o momento de procurar ajuda”, conta Safadi, que também é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.

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Segundo o infectologista Edimilson Migowski, que é mestre em pediatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ainda é preciso ter um cuidado no contato das crianças com outras pessoas que não são residentes da mesma casa, pois elas podem ser assintomáticas e transmitir o vírus. “Sem apresentar sintomas elas podem acabar levando o vírus para casa e contaminando pais e avós”.

O especialista alerta que é preciso redobrar os cuidados de higiene das crianças. “Como elas estão em casa, é um ótimo momento de ensiná-las a ter bons hábitos de higiene. Mostrar como lavar as mãos, tocar a boca e olhos e colocar o sapato na porta, por exemplo. Ensinar bons hábitos que irão salvar vidas e torná-las adultos mais conscientes da prevenção”, conta Migowski.

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O município do Rio atingiu, nesta quinta-feira, 807 casos confirmados de coronavírus. Em todo o estado são 992 vítimas, sendo 41 mortes. A Zona Sul continua sendo a região com mais casos absolutos. Porém nos últimos dias, houve um grande aumento na Zona Norte. Diversos bairros, entre eles algumas comunidades, registraram os primeiros casos.


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