Recuperada da Covid-19 e de volta ao trabalho, Karina Kufa, advogada que viajou na comitiva do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, minizou o avanço da doença no Brasil e defendeu a postura do mandatário em relação a flexibilização do isolamento social. "Apesar de ser um vírus altamente contaminável, ele chega a não ser perigoso para a maior parte da população", iniciou.

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Karina Kufa
Reprodução Facebook
Karina Kufa

"Se a gente mantém o isolamento social agora, vamos jogar o pico da doença [ Covid-19 ] para o inverno, quando temos outras doenças associadas à gripe, como pneumonia. Acredito que o caminho seja isolar as pessoas do grupo de risco e retomar as atividades. Hoje tenho meus pais em casa, e quando chego tenho o cuidado de tirar a roupa, lavar muito bem as mãos, os braços, para não contaminá-los. O que me preocupa é a demissão em massa, que ocasiona a desestruturação familiar, a violência doméstica, o suicídio. Além de saques a supermercados e farmácias. Quando o presidente fala que ele está preocupado com a economia, ele não está diminuindo a vida. Vejo boa intenção dele quando fala que, se a gente quebra o País, mais pessoas irão morrer", dissertou a advogada de Bolsonaro  ao Uol .

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Ao falar sobre no último domingo (29), quando o presidente contrariou as recomendações da Organização Mundial da Saúde e foi às ruas, Karina diz não ver problema na atitude. "Não vejo problema algum o presidente sair de casa, até porque ele está todos os dias no Palácio do Planalto trabalhando. Não vejo nenhuma ilegalidade nisso. O que me espanta, e é uma coisa que a gente tem que avaliar juridicamente, é a posição do Twitter em excluir post. Inclusive o Eduardo Bolsonaro teve, acho que no Facebook, uma exclusão feita e eu entrei com ação e ganhamos no Tribunal de Justiça por essa exclusão indevida. Então, o que me impressiona é ver as redes sociais monitorando a liberdade de expressão, de manifestações. O presidente estava como cidadão. Inclusive era um domingo. Ele não faria nada de ilegal".

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Por fim, abordando o tom que o Bolsonaro adotou recentemente para tratar o novo coronavírus ( Covid-19 ), chamando a doença de "gripezinha", a advogada apelou para a personalidade do mesmo. "Quem conhece bem o presidente sabe que ele é uma pessoa extremamente espontânea, gosta de usar frases de uma forma mais extrovertida. Se ele fala: 'Ah, é uma gripezinha', é porque o sintoma da doença é de gripe. E quando fala que tem o perfil de atleta, está querendo mostrar que, apesar de ser do grupo de risco por conta da idade, ele confia na saúde. Ele não vai ficar recolhido dentro de casa quando tem um problema gigante nas costas. Não acho que isso deva ser uma preocupação grave. Acho que a preocupação tem que ser mais com as ações, e eu vejo o governo federal trabalhando na contenção do vírus, investindo em hospitais, suspendendo a cobrança da dívida dos Estados, reduzindo juros de bancos e etc". 

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