Ministro da Casa Civil, General Braga Netto, e o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta
Pablo Jacob / Agência O Globo
Ministro da Casa Civil, General Braga Netto, e o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta

O Ministro da Casa Civil general Walter Braga Netto participou hoje de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto sobre o coronavírus e, durante o evento, afirmou que “não existe essa ideia de demissão do ministro Mandetta”. A presença do general compõe a nova estratégia de comunicação do governo, que busca “unificar narrativas” sobre o assunto. 

O próprio Luiz Henrique Mandetta e o ministro Paulo Guedes, da pasta de economia, também estiveram presentes. Ainda de acordo com Braga Neto, a demissão do ministro da Saúde estaria “fora de cogitação”. O ministro da Casa Civil também reforçou que o novo modelo das coletivas de imprensa se mostrou necessário pelo fato de a pandemia exigir ações integradas entre diferentes áreas. 

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"A questão do coronavírus, devido à sua complexidade, ela é transversal. Ela abrange não apenas o esforço do Ministério da Saúde, mas também o esforço de todos os ministérios ", disse. "Os processos em andamento, as tensões, são normais pelo tamanho desta crise", completou o general.

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As tensões entre o presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Saúde chamam atenção pelo conflito de discursos, sobretudo a respeito da orientação para evitar aglomerações e priorizar o isolamento social - reforçada pelo Ministério da Saúde e alvo de desobediência por parte do presidente da República, que chegou a afirmar que faria uma festa de aniversário para si mesmo. 

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Mais cedo nesta segunda-feira, o  colunista Tales Faria publicou que a paciência de Jair Bolsonaro com Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, estaria “perto do fim”. O presidente teria dito a seus auxiliares que está "de saco cheio" e só não o demitiu ainda para não piorar a crise causada pela Covid-19 no país.

Ainda de acordo com a publicação, outro dos temores de Bolsonaro é que a saída de Mandetta do comando da pasta da Saúde cause um "rompimento definitivo" com parte do empresariado brasileiro que ajudou o atual presidente durante a campanha de 2018.

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