Um professor de judô de 31 anos, suspeito de estuprar uma atleta indígena de 15 anos, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, participou de uma competição como atleta e gerou revolta em alguns pais de alunos. O suspeito alegou que nada o impedia de circular nos locais de competição.
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Uma vendedora de 33 anos que preferiu não se identificar disse em entrevisa ao G1 Mato Grosso do Sul que está com medo de deixar o filho de 12 anos viajar no mesmo ônibus que o professor investigado.
"A própria federação deu a ele uma suspensão de 30 dias, só que ninguém esclareceu nada depois desse prazo. Nós queremos um posicionamento e ficamos com medo de deixar nossos filhos, até que o caso seja esclarecido. Ele tinha que ser afastado tanto professor como atleta", disse.
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A mãe de um adolescente de 14 anos classificado para a competição de Campo Verde, no Mato Grosso, que está agendada para acontecer entre os dias 3 e 5 de abril deste ano, disse que alguma providência deve ser tomada. "Não tem como eu confiar meu filho dessa forma. Será uma viagem longa, no escuro. Como vai ser? Estamos discutindo até em perder o benefício do ônibus e pagar para ir no carro e, dessa forma, não viajar com o professor", contou.
O presidente da Federação de Judô do Mato Grosso do Sul (FJMS), José Ovídeo Duarte Silva, disse que o processo contra o investigado tramita na Justiça e que enquanto isso, o professor é uma pessoa livre.
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"Não existe nada contra ele, o processo está tramitando. Nós determinamos o afastamento dele por uma questão preventiva. Mas, mesmo assim, ele é uma pessoa comum".