CPTM lança campanha de combate ao assédio sexual
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CPTM lança campanha de combate ao assédio sexual

A CPTM lança, nesta segunda-feira (9), um programa de proteção às passageiras e colaboradoras, visando combater as ocorrências de assédio sexual . O programa "Em movimento por elas" contará com espaços em 8 estações para atendimento de passageiras que tenham sofrido qualquer tipo de importunação sexual nas estações e trens.

Além dos pontos de acolhimento, será realizada durante a semana uma pesquisa com os seguintes questionamentos: sofreu importunação sexual no transporte público? Se sim, onde? Houve denúncia?" O levantamento possui o intuito de levantar dados que ajudarão em novas campanhas de conscientização contra o assédio sexual.

A iniciativa terá ainda uma parceria com o Instituto Avon, que ajudará a promover ações de cultura, saúde e beleza. O instituto viabilizará treinamentos das equipes de estação e segurança sobre violência contra mulheres, workshops para colaboradores sobre o papel dos homens no enfrentamento a essas violências e apoiará na estruturação do canal de denúncia, além de doar cartilhas sobre “Relacionamentos Saudáveis e “Detecção Precoce do Câncer de Mama”.

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Grupo de combate ao assédio sexual

Para debater medidas que visam diminuir os casos de assédio sexual no tranporte público, São Paulo já havia oficializado, na última sexta-feira, um grupo para combater o tema. O coletivo conta com representantes de secretarias municipais, ONGs de defesa da mulher e empresas de ônibus . As principais pautas envolvem a necessidade de criar soluções para o problema, aprimorando o treinamento de cobradores e motoristas, além de aumentar o monitoramento através de câmeras de segurança.

De 2017 pra cá, 140 casos de importunação sexual foram registrados nas imediações dos ônibus da SPTrans. De acordo com a pesquisa "Viver em São Paulo - Mulher", divulgada pela Rede Nossa São Paulo, o número de mulheres que relataram assédio no transporte coletivo subiu 18 pontos percentuais de 2018 para 2020; em 2018, 25% das entrevistadas disseram já ter sofrido assédio no transporte público. Em 2020, o número saltou para 43% .

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Um termo de cooperação já foi assinado para oficializar a criação do grupo para debater o tema e a primeira reunião para debater soluções que diminuam a incidência do crime já foi realizada. Na plateia, estavam funcionários de empresas de ônibus que já presenciaram casos durante o serviço. Os presentes concordaram que são necessárias medidas efetivas para acabar com o crime, que tem punição de 1 a 5 anos de reclusão.

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