A direção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Macaé anunciou nesta sexta-feira que vai investigar o trote acusado de racismo que aconteceu no campus no dia anterior. Uma caloura de Engenharia foi pintada de tinta preta e vestida como garçonete.
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Imagens da estudante no episódio foram publicadas nas redes sociais e provocaram uma enxurrada de duras críticas aos envolvidos, destacando que o que fizeram chama-se " black face ", uma prática racista bastante conhecida, em que pessoas de pele clara são maquiadas de preto e retratadas de forma estereotipada.
"A Direção do Campus UFRJ-Macaé repudia quaisquer manifestações de caráter racista em suas dependências e abrirá inquérito para apurar o ocorrido no dia 5 de março no trote dos calouros da Engenharia", afirmou a instituição em um comunicado publicado no site oficial.
"Informamos que as investigações serão realizadas seguindo o procedimento legal e, caso seja constatado crime de racismo, os envolvidos serão responsabilizados tanto na esfera acadêmica quanto na criminal", acrescentou.
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Durante o período da investigação, os alunos não poderão realizar trotes nas dependências do campus em Macaé. A universidade disse que, no início desta semana, foi divulgada uma campanha para impedir o trote violento ou vexatório, ressaltando que "condutas de caráter racista, homofóbico, sexista ou que configure qualquer tipo de discriminação serão severamente punidas".