A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (5) que apreendeu 57,9 toneladas de cocaína em 2019, número 84% superior ao do ano anterior. O resultado é melhor da história da instituição. Segundo a Receita, 93% das apreensões ocorreram em portos, principalmente no de Santos, Paranaguá, Itajaí e Natal. O subsecretário de Administração Aduaneira da Receita Federal, Fausto Vieira Coutinho, explicou que o aumento nas apreensões de cocaína aconteceu por melhorias nos processos e porque o Brasil está na rota do tráfico do produto.
"São duas razões: uma a melhoria nas nossas técnicas de fiscalização, o uso de tecnologia, gestão de risco, scanner, cães de faro, capacitação e treinamento e aplicação de melhores práticas internacionais utilizadas por outras aduanas. O Brasil, por outro lado, pode-se também perceber com isso, tornou-se um corredor, uma rota da exportação de drogas", afirmou.
Por outro lado, a quantidade de maconha apreendida caiu de 7,9 toneladas em 2018 para 6,5 ton em 2019. Em geral, as drogas que entram no Brasil vem de Paraguai, Colômbia, Bolívia e Peru e têm como destino a Europa e os Estados Unidos, segundo Coutinho.
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"Europa e Estados Unidos são os principais destinos. Na Europa, tem dois grandes portos, Antuérpia e Roterdã. Então, não dá para dizer qual é o país. Mais de 50% de tudo que vai para a Europa do Brasil vai chegar nesses dois portos, então não necessariamente a Bélgica é o país de destino", disse.
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Mercadorias
A apreensão de mercadorias também teve um valor recorde de R$ 3,2 bilhões, superando o resultado de 2018, de R$ 3,15 bilhões, que tinha sido o melhor resultado da história.
Entre as mercadorias mais apreendidas no ano passado, se destacam eletroeletrônicos (R$ 372 milhões, um aumento de 66% em relação a 2018), peças de vestuário (R$ 228 milhões, que quase dobrou o valor em comparação a 2018) e brinquedos, que apesar da queda de 43%, resultou em uma apreensão de R$ 153 milhões.
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No entanto, o produto mais representativo nas apreensões continua sendo o cigarro. Em 2019, foram 235 milhões de maços apreendidos. O número é menor do que o de 2018, quando foram 276 milhões, mas superior ao de 2017, de 218 milhões de maços.
As operações de vigilância e repressão aumentaram 48,04% em 2019 quando comparadas ao ano anterior. A Receita realizou 4.955 operações contra 3.347 em 2018. Parte das mercadorias apreendida é leiloada, incorporada ou doada e outra parte é destruída, como óculos, relógios e bolsas falsificado.