Após o fim do motim de policiais militar no Ceará , definido no domingo, o presidente Jair Bolsonaro antecipou o encerramento da operação de Garantia de Lei e da Ordem ( GLO ) para esta quarta-feira. A determinação anterior era que as Forças Armadas ficassem no estado até sexta-feira, mas um decreto publicado na tarde desta quarta em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) adiantou o fim da GLO.

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O decreto permitindo o emprego das Forças Armadas foi assinado por Bolsonaro no dia 20 de fevereiro, um dias depois do senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) ter sido baleado ao tentar furar um bloqueio de policiais com uma retroescavadeira.

Policiais militares, que participavam do motim no Ceará, desocuparam os batalhões após senador Cid Gomes ser baleado.
Herbert Cordeiro/ Facebook
Policiais militares, que participavam do motim no Ceará, desocuparam os batalhões após senador Cid Gomes ser baleado.


A GLO terminaria na última sexta-feira, mas foi renovada por mais sete dias por Bolsonaro. O presidente havia indicado que não ampliaria a operação, mas acabou cedendo, ressaltando, contudo, que ela não era "eterna".

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Depois de 13 dias amotinados em batalhões, os policiais militares do Ceará voltaram a patrullhar as ruas de Fortaleza na segunda-feira. No mesmo dia, a 17ª Vara Criminal da Justiça Estadual do Ceará concedeu liberdade provisória a 46 agentes presos por deserção durante o motim.

Na terça-feira, o subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, apresentou uma representação para que o tribunal abra um processo para analisar a eficácia das medidas tomadas pelo Ministério da Justiça com o objetivo de prevenir novas greves de policiais militares e também para avaliar os impactos aos cofres públicos provocados pela pressão por aumentos aos policiais militares.

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Para o subprocurador, o governo federal deve adotar medidas que impeçam um efeito cascata de greves de policiais militares pelos Estados, com possibilidade de afetar as contas públicas e responsabilidade fiscal. A representação cita ainda que isso pode afetar o regime de recuperação fiscal criado em 2017 pelo governo federal para ajudar Estados endividados a equalizar suas finanças.

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