No mesmo dia em que os médicos anunciaram que seu câncer persiste, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi às redes sociais nesta quinta-feira para dizer que está confiante numa cura. Covas é pré-candidato à reeleição este ano.
"Queria agradecer todas as manifestações de carinho e apoio para essa nova fase de tratamento que comecei ontem. A quimioterapia já conseguiu abater dois dos três focos de câncer que eu tinha. Tenho certeza que vamos continuar a luta e vencer graças ao apoio da equipe medica e de toda força e fé que tenho recebido de todos vocês", afirmou o prefeito.
Apesar do otimismo de Covas e do avanço do tratamento, o quadro de saúde do prefeito lança incertezas sobre a sua participação numa campanha. Aliados do dele reafirmaram hoje que Covas é candidato e terá condições de disputar a eleição.
O PSDB municipal elaborava nesta tarde uma nota para descartar qualquer outro plano do partido para a eleição municipal. O texto deverá ser divulgado ainda hoje.
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"Esse assunto nem está colocado. Ele será o nosso candidato. O resultado dos exames foi bom. A doença regrediu", disse o presidente municipal do PSDB em São Paulo, Fernando Alfredo.
Nesta quinta-feira a equipe médica que cuida de Covas divulgou o resultado de uma biopsia feita na semana passada. O exame apontou que ainda há células cancerígenas em linfonodos na região do pâncreas e que, por isso, o prefeito será submetido a uma segunda fase de tratamento (imunoterapia).
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A medicação é menos agressiva do que a usada na quimioterapia e, portanto, o prefeito foi liberado pelos médicos para, aos poucos, retomar os compromissos públicos. Essa recomendação tem sido usada por defensores de Covas para afirmar que ele terá disposição e saúde para disputar a eleição.
Covas descobriu em outubro passado que tinha um tumor no sistema digestivo com metástase no fígado. Nessas duas regiões as lesões não estão mais perceptíveis. Nos linfonodos, a doença regrediu, mas não o suficiente para a cura. Covas fez oito sessões de quimioterapia entre outubro e fevereiro.Agora a imunoterapia é por tempo indeterminado, podendo chegar a seis meses, segundo os médicos.