Foi descoberto, nesta terça-feira (18), na zona norte de São Paulo, um cativeiro onde mulheres eram feitas reféns e obrigadas a se prostituirem. Um homem, de 34 anos, foi preso acusado por tráfico de pessoas com víes de exploração sexual, corrupção de menores e estupro consumado.
O crime veio à tona após uma jovem, de 16 anos, ter conseguido fugir do cativeiro. Ela contou aos policiais que aproveitou um momento de distração do criminoso para escapar. A jovem correu para uma estação de metrô nos arredores da casa onde era mantida sequestrada e pediu ajuda às pessoas que passavam pelo local. A garota foi orientada a procurar o Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano).
A Polícia Cívil foi acionada e prendeu o aliciador no local do crime, onde outras duas jovens foram libertadas - uma adolescente de 16 anos e uma jovem de 19 anos. A primeira garota a fugir do cativeiro contou à Polícia que o sequestrador entrou em contato por meio das redes sociais, com a promessa de emprego bem- remunerado no comércio paulistano. A garota de São João Nepomuceno (MG) viu na proposta uma oportunidade de iniciar uma vida profissional próspera em São Paulo.
O criminoso pagou a passagem da garota para a capital paulista. Ao chegar em São Paulo, a adolescente foi estuprada e levada para o cativeiro, de onde só podia sair para fazer programas no bairro do Liberdade. Não foi revelado há quanto tempo a adolescente de Minas Gerais estava sequestrada, mas informações apontam que uma das jovens resgatadas foi feita refém havia 8 meses.
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Segundo apuração da Polícia Cívil, o criminoso, que não teve a identidade revelada, agia sozinho. Ele já havia sido autuado anteriormente por receptação de produtos roubados. Além do sequestrado, também foi indiciado o proprietário do hotel no bairro da Liberdade, onde as vitimas eram obrigadas a realizar os programas. O dono do hotel irá responder por rufianismo (crime no qual o acusado tira proveito da prostituição alheia).
Após serem resgatadas, as vítimas foram encaminhadas para o Conselho Tutelar. As garotas passaram por exames médicos no Hospital Pérola Byington, centro de referência em saúde feminina.