As câmeras que monitoram o trânsito na região da Praça Paris, na Glória, Zona Sul do Rio, não registraram o roubo da estátua de Rosa Paulina da Fonseca , mãe do Marechal Deodoro da Fonseca. A informação é da CET-Rio, que checou as imagens. A delegada Juliana Domingues, titular da 9ª DP (Catete), responsável pela investigação do roubo da estátua, disse que várias equipes estão em diligências nesta terça-feira, checando endereços repassados pelo Disque-Denúncia (2253-1177) em diversos pontos da cidade.
"Uma das equipes esteve em um dos locais e nada encontrou, mas recebeu informações que serão checadas", disse a delegada, que não quis passar detalhes para não atrapalhar as investigações.
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Uma pessoa que foi ouvida na delegacia nesta manhã disse que a estátua é dividida em duas partes, o que facilitaria o transporte. A Polícia Civil já requisitou imagens de câmeras da prefeitura que monitoram o trânsito das imediações da Praca Paris, na Glória, mas ainda não recebeu.
A delegada investiga duas hipóteses para o sumiço da estátua. Uma delas e vandalismo, para vender o bronze, material que a estátua foi confeccionada. A outra possibilidade é o mercado negro especializado em obras de arte.
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As investigações, segundo Juliana Domingues, foram iniciadas no domingo. "Eu vi uma postagem em rede social, procurei a prefeitura e dei início ao processo de investigação. Quero ouvir a Guarda Municipal, responsável pela guarda matrimonial, e também a conservação. É preciso especificar a data de quando a estátua sumiu", disse a delegada.
O alerta sobre o caso foi dado na noite de sábado pela arquiteta e pesquisadora Vera Dias, chefe da Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Subsecretaria municipal de Conservação: “Procura-se!!! Estátua da mãe do marechal Deodoro foi furtada do monumento em sua homenagem, próximo da Praça Paris. Pesa cerca de 400 quilos em bronze, tem quase dois metros de altura. Não pode estar passeando por aí! Divulguem a foto...”, escreveu Vera em uma rede social, compartilhando a foto da escultura de D. Rosa Paulina.
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A obra de 1937 é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e guarda os restos mortais de Deodoro. Não é a primeira vez que o monumento é alvo de ladrões: placas de bronze com figuras históricas foram furtadas da sua base em 2017.