O governador Wilson Witzel aposta na instalação de "ecobags" (sacolas ecológicas) como solução paliativa para conter, ou ao menos reduzir, o esgoto que chega aos reservatórios da Cedae. O plano emergencial foi apresentado a ele esta semana por técnicos da estatal, segundo o chefe da Casa Civil, André Moura.
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"Por ordem do governador, está sendo desenvolvido um projeto emergencial de contenção de esgotos despejados nos rios que abastecem nossos reservatórios com a utilização de ecobags. Esse projeto foi apresentado ao governador esta semana e deverá ser instalado em até 60 dias, o que vai antecipar o trabalho de transposição que será feito", disse Moura, durante rápida entrevista ao deixar a Assembleia Legislativa, onde discursou durante a abertura do ano legislativo nesta terça-feira.
Indagado sobre a responsabilidade do atual presidente da Cedae , Hélio Cabral, na crise da estatal, Moura culpou governos anteriores. "O problema da Cedae é histórico, não vem de agora." Perguntado sobre a gravidade da situação atual, Moura afirmou apenas que a Cedae “já teve crises assim antes”. Segundo Moura, uma solução definitiva passa pelo modelo de concessão da Cedae à iniciativa privada.
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"O maior investimento está no modelo dos quatro blocos de concessão, que preveem investimentos de R$ 32 bilhões. Dos R$ 32 bilhões, R$ 1,5 bilhão será para intervenções na rede de esgoto que deságua há muitos anos nos rios que abastecem os nossos reservatórios. Importante ressaltar que os testes feitos ontem mostram que a água já chegou aos níveis aceitáveis de consumo humano, a água está potável", disse.
Sobre os 24 deputados que protocolaram a instalação da “ CPI da Cedae ” para investigar o problema, Moura se limitou a dizer que respeita a decisão do parlamento, que é livre para tomar suas decisões.