O governador Wilson Witzel aposta na instalação de "ecobags" (sacolas ecológicas) como solução paliativa para conter, ou ao menos reduzir, o esgoto que chega aos reservatórios da Cedae. O plano emergencial foi apresentado a ele esta semana por técnicos da estatal, segundo o chefe da Casa Civil, André Moura.

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Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC)
Tomaz Silva/Agência Brasil
Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC)


"Por ordem do governador, está sendo desenvolvido um projeto emergencial de contenção de esgotos despejados nos rios que abastecem nossos reservatórios com a utilização de ecobags. Esse projeto foi apresentado ao governador esta semana e deverá ser instalado em até 60 dias, o que vai antecipar o trabalho de transposição que será feito", disse Moura, durante rápida entrevista ao deixar a Assembleia Legislativa, onde discursou durante a abertura do ano legislativo nesta terça-feira.

Indagado sobre a responsabilidade do atual presidente da Cedae , Hélio Cabral, na crise da estatal, Moura culpou governos anteriores. "O problema da Cedae é histórico, não vem de agora." Perguntado sobre a gravidade da situação atual, Moura afirmou apenas que a Cedae “já teve crises assim antes”. Segundo Moura, uma solução definitiva passa pelo modelo de concessão da Cedae à iniciativa privada.

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"O maior investimento está no modelo dos quatro blocos de concessão, que preveem investimentos de R$ 32 bilhões. Dos R$ 32 bilhões, R$ 1,5 bilhão será para intervenções na rede de esgoto que deságua há muitos anos nos rios que abastecem os nossos reservatórios. Importante ressaltar que os testes feitos ontem mostram que a água já chegou aos níveis aceitáveis de consumo humano, a água está potável", disse.

Sobre os 24 deputados que protocolaram a instalação da “ CPI da Cedae ” para investigar o problema, Moura se limitou a dizer que respeita a decisão do parlamento, que é livre para tomar suas decisões.

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