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Alexandre foi atingido por animal ainda não identificado
Arquivo pessoal
Alexandre foi atingido por animal ainda não identificado

Especialistas em animais marinhos apontam que a ferroada de uma raia pode ter sido a causa do ferimento que provocou a morte do estudante Alexandre Lima da Silva Júnior, de 16 anos. As informações são do G1 .

Segundo os especialistas, a situação não é comum, mas pode ser fatal. Alexandre morreu no sábado (25), após passar 34 dias internados, depois de entrar no mar em Praia Grande , no litoral de São Paulo, e sofrer uma perfuração.

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Segundo o biólogo e mergulhador Eric Comin, há a possibilidade do ferimento ter sido ocasionado por uma raia-prego, que vive em contato com o fundo de areia. “Ela tem um esporão que é como uma serra, entra com uma certa facilidade e, na hora de sair, rasga, dilacera, corta e ajuda a rasgar o que perfura”, explicou o especialista ao G1.

Comin ressalta que o animal não é agressivo e não ataca o ser humano, apenas age ao se sentir ameaçado. A reportagem do G1 também ouviu o médico veterinário e professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) José Heitzmann Fontenelle, especialista em animais selvagens. De acordo com ele, a presença de raias em água mais rasa é comum no verão.

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Os especialistas também não descartam outras espécies de animais marinhos que podem causar ferimentos em contato com o ser humano. Eles citam, por exemplo, o peixe bagre, que possui ferrões localizados nas nadadeiras e tem espinhos com substâncias providas de microrganismos que podem infeccionar e causar dor.

Outro animal citado pelos especialistas é o peixe-pedra, que fica próximo de pedras, camuflado e tem espinhos ao longo do corpo todo. Há ainda o peixe baiacu, que tem uma glândula de veneno que pode ser fatal.

Acidente em Praia Grande

O jovem estava internado no Hospital Frei Galvão, em Santos, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Morador de Osasco, na Grande São Paulo, Alexandre era filho único e foi sepultado na segunda-feira no Cemitério Municipal de Barueri. Ele cursava Desenvolvimento de Sistemas, integrado ao Ensino Médio, na Escola Técnica Estadual (Etec) Dr. Celso Giglio, em Osasco.

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Para o tio do estudante, o administrador de empresas Renato Domingues, de 49 anos, o quadro clínico do sobrinho se agravou porque houve “análise superficial” da lesão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia e no Hospital Irmã Dulce. No entanto, as instituições citadas negam qualquer tipo de “análise superficial”.

O acidente com Alexandre ocorreu no dia 21 de dezembro do ano passado enquanto o adolescente brincava na praia de Solemar, com água na altura da cintura. O tio do menino conta que depois de mergulhar o sobrinho sentiu uma dor no peito.

O estudante foi levado à UPA Samambaia, onde limparam o ferimento e deram dois pontos. Em seguida, ele foi encaminhado para o Hospital Irmã Dulce para a realização de exames, onde recebeu alta.

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No entanto, na saída do hospital, o jovem passou mal, vomitou e permaneceu mais 11 horas internado no Irmã Dulce, até a mãe dele solicitar ao convênio a transferência do filho ao Frei Galvão. Lá, a equipe médica constatou que o estado do menino era “gravíssimo”.

Durante os 34 dias internado, Alexandre passou por quatro cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos. O óbito foi comunicado ao 7º DP de Santos. Um exame necroscópico foi requerido para se apurar a causa da morte e eventual responsabilidade criminal.

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