WhatsApp é visto como 'mais confiável' do que algumas instituições do Brasil
Allan White/ Fotos Públicas
WhatsApp é visto como 'mais confiável' do que algumas instituições do Brasil

Um estudo divulgado na última segunda-feira (27), chamado 'A Cara da Democracia', apontou que a população brasileira tem maior confiança em grupos de família no WhatsApp e nas igrejas do que em instituições como o STF, o Congresso Nacional e os partidos políticos.

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O levantamento, divulgado pelo Valor Econômico, mostrou que as igrejas foram colocadas no grupo 'confia muito' por 32%  das pessoas ouvidas, ficando atrás apenas da Polícia Federal, que somou 33%, como a instituição mais confiável junto à população.

No Top 5 da pesquisa, ainda aparecem as Forças Armadas (29% de 'confia muito'), a Polícia Militar (20%) e os grupos de família no WhatsApp (15%). Na outra ponta, o Facebook e os partidos políticos foram os principais apontados no quesito 'não confia', com 54% e 71%, respectivamente.

Logo após a PF, aparecem no ranking de confiança dos brasileiros, as igrejas, as Forças Armadas e a Polícia Militar. Na sequência, por mais exótico que isso possa parecer, os grupos de família no WhatsApp. Fechando a fila estão o Congresso Nacional, o Facebook e os partidos políticos.

“Os dados demonstram a percepção da população de que o combate à corrupção é essencial para o crescimento do País”, avalia o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens. O trabalho correto de investigação que levou à prisão diversos “figurões” da República, independentemente de coloração partidária, segundo ele, colaborou para essa percepção.

“A PF se mostra uma instituição confiável porque não há fatos graves que desabonem a corporação. Ela se mostra eficiente, ainda que possa ser muito mais se investirmos na modernização de sua estrutura”, avalia.

Democracia e Golpe Militar

Ainda segundo o levantamento, o sentimento de apoio à Democracia cresceu de 2018 para 2019. O número de pessoas que disse ver o sistema como o 'preferível' a qualquer outra forma de governo subiu de 56% para 64%.

Outro ponto que apresentou melhora foi a percepção dos brasileiros sobre a Ditadura Militar. O número de pessoas que respondeu que um golpe não se justificaria ante casos de corrupção ou em cenário de muitos crimes subiu: de 41% para 55% e 46% para 56%, respectivamente.

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O estudo "A Cara da Democracia" é realizado pelo Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação e integra o Programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia.  O Instituto é formado por grupos de pesquisas de quatro instituições principais: UFMG, IESP/UERJ, Unicamp e UnB. Participam ainda pesquisadores de outras cinco instituições nacionais (USP, UFPR, UFPE, Unama e IPEA) e duas estrangeiras (CES/UC e da UBA). No levantamento recente foram ouvidas 2.009 pessoas em 151 municípios entre 8 e 16 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

*Com informações da assessoria da Fenafep

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