O governador do Rio de Janeiro , Wilson Witzel, afirmou, na manhã nesta segunda-feira, que a crise da água fornecida pela Cedae possa ter sido uma "sabotagem". De acordo com ele, a intenção seria "manchar" a imagem da companhia estadual de água e esgoto para o leilão de concessão. Witzel, no entanto, não detalhou quais seriam essas ações para sabotar a Cedae, mas disse que o governo estadual trabalha para resolver o problema no fornecimento de água.
"Eu desconfio que foi uma sabotagem para manchar a gestão eficiente que está sendo feita na Cedae preparando ela para o leilão. Nós estamos trabalhando para resolver o problema. O que aconteceu até agora foi uma grande falha de previsão e manutenção, mas não se pode esquecer que, há décadas, faltam investimentos na Estação de Tratamento (ETA) do Guandu, que superam R$ 30 bilhões. Não podemos fazer esse investimento com o Estado quebrado como recebemos", afirmou Witzel .
A declaração foi dada durante a inauguração da Operação Segurança Presente em Copacabana, Zona Sul do Rio, que começa nesta segunda.
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"Nós teremos, a partir do Leilão, um prazo de 20 anos para ter água tratada. Em até cinco anos, o problema do Gandu resolvido, para que casos como esse não ocorram Não somos responsáveis por essa tragédia. Desatamos os nós e assumimos um trabalho mal feito anteriormente", disse.
Água contaminada
Desde o início de janeiro, consumidores da capital e de cidades da Baixada Fluminense reclamam do cheiro, do gosto e da coloração desagradáveis da água que sai das torneiras da casa. A Cedae informou, no último dia 7, que detectou a presença de geosmina, substância orgânica produzida por algas, em amostras coletadas.
Neste domingo, a última parte do sistema que será usado para aplicação do carvão ativado no tratamento da água distribuída no Rio de Janeiro chegou, neste domingo, na ETA do Guandu. O maquinário, segundo a Cedae, foi feito sob encomenda para atender à demanda da companhia devido ao porte necessário para a estação.