Agência Brasil

Rejeitos comprometeram o abastecimento de água na região e chegaram até uma rodovia
Divulgação/ANM
Rejeitos comprometeram o abastecimento de água na região e chegaram até uma rodovia

A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou ter realizado nesta segunda-feira (23) uma vistoria na Barragem do Josino, em Congonhas (MG), para verificar a situação da estrutura após um transbordamento de rejeitos de mineração. Os técnicos enviados constataram que não há anomalias.

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O transbordamento ocorreu por volta das 16 h de sexta-feira (20) após uma forte tempestade. Em cerca de 1h30, choveu aproximadamente 97 milímetros, o que fez com que os rejeitos vazassem para fora da barragem . Ontem (22), a ANM havia assegurado que não houve rompimento.

A estrutura pertence à Ferro+ Mineração . De acordo com a ANM , foram feitas notificações e exigências à empresa. A agência também informou que a mineradora está em dia com a Declaração de Condição de Estabilidade, que foi entregue pela última vez em 30 de setembro.

A barragem é considerada de pequeno porte. Sua capacidade é de 16,6 mil metros cúbicos. Para comparação, a estrutura que se rompeu em Mariana (MG) em 2015 liberou 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos no ambiente. Na ruptura ocorrida em Brumadinho (MG), em janeiro deste ano, vazaram 12,7 milhões de metros cúbicos.

Conforme a Política Nacional de Segurança de Barragens , a Barragem do Josino possui risco baixo e dano potencial associado médio. Isso significa que a probabilidade de uma ruptura é pequena e que os danos serão de intensidade média caso ela ocorra. A estrutura foi construída pelo método a jusante, considerado mais seguro do que o método a montante, associados às tragédias de Mariana e de Brumadinho.

Em nota, a Ferro+ Mineração disse que a estrutura é um dique de contenção de sedimentos, de baixo risco, que continua operante e intacto. A empresa afirma que está colaborando com o poder público e garante que não havia rejeitos de mineração na estrutura. Ela diz que trabalha 100% com empilhamento do rejeito a seco.

"O volume de água excedente passou pelo vertedouro e foi direcionado para a galeria da BR-040, que não conseguiu dar a devida vazão, alagando momentaneamente a entrada da empresa e a própria rodovia. A empresa ressalta que o alagamento foi por um curto período de tempo e não afetou a captação da água que abastece o bairro do Pires, na cidade de Congonhas", registra o comunicado.

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A prefeitura de Congonhas divulgou um texto nas redes sociais afirmando monitorar a situação. "Alguns vídeos e boatos que têm circulado pela internet de um possível rompimento de barragem de rejeitos na Mina da Ferro + Mineração não retratam a verdade", informou.

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